“Decisão do STF foi discriminatória e precisa ser revista”, afirma vereador sobre proibição de vaquejadas

por Clarisse Oliveira — publicado 10/10/2016 21h00, última modificação 18/07/2019 17h21
Dinho (PMN) afirmou que a tradição é geradora de emprego e renda no Nordeste

Em pronunciamento na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), nesta terça-feira (11), o vereador Dinho (PMN) criticou a decisão do Supremo Tribuna Federal (STF) de derrubar uma lei do Ceará que regulamentava a vaquejada no Estado. A votação aconteceu na última quinta-feira (6) e julgou que a tradição cultural nordestina na qual um boi é solto em uma pista e dois vaqueiros montados a cavalo tentam derrubá-lo pela cauda fere princípios constitucionais de preservação do meio ambiente. O parlamentar salientou que é autor de uma lei de 2008 que permite a prática da vaquejada em João Pessoa.

[citacao] Dentre as condições de realização de eventos dessa natureza no Município, é mediante a presença de um médico veterinário que garanta as condições de saúde dos animais [/citacao]

Segundo Dinho, a vaquejada é uma tradição cultural que movimenta a economia do Nordeste e não pode ser proibida. “É um evento que gera emprego e renda, desde o ambulante, o vendedor de botas, chapéus, as pessoas que manuseiam os animais, além do turismo gerado nos locais. Essa decisão do STF foi discriminatória, falha e precisa ser revista”, defendeu.

De acordo com Dinho, há uma matéria já aprovada na Câmara Federal regulamentando a vaquejada no País. “O projeto ainda segue para a avaliação do Senado e deve ser aprovado para acabar de vez com essa celeuma”, destacou o vereador.