“Energisa está cortando energia de consumidores que não possuem débitos”, denuncia vereadora
A vereadora Raíssa Lacerda (PSD) voltou a criticar a atuação da empresa responsável pela distribuição de energia elétrica na Paraíba, a Energisa. De acordo com a parlamentar, a distribuidora está promovendo cortes de fornecimento de energia em estabelecimentos comerciais e residências que estão em dia com os pagamentos. A denúncia foi feita durante a sessão ordinária desta terça-feira (26), da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP).
“A energia do restaurante Cassino da Lagoa foi cortada em pleno horário de funcionamento da manhã, às 10h, mesmo após a proprietária do estabelecimento apresentar as contas pagas”, relatou a vereadora. “O fornecimento de energia só voltou ao normal às 15h, depois que a proprietária pagou a taxa de religamento. Isso é um absurdo”, protestou.
Raíssa Lacerda informou que a proprietária do restaurante abriu um processo contra a empresa por danos morais e materiais, já que houve prejuízo na conservação de alimentos e prestação dos serviços, devido ao corte de energia indevido. Ela ainda orientou os consumidores a chamarem a polícia caso a empresa queira promover o corte de energia em residências ou estabelecimentos comerciais que não possuam débitos. “Isso é crime, chamem a polícia!”, alertou.
A vereadora ainda relembrou denúncias trazidas anteriormente, como a que ficou conhecida como 'Máfia do Fio Preto', e acusou a empresa de cobrar dos clientes valor acima do utilizado, devido à prática de extrair a média do consumo de energia. “Fiquem atentos! Qualquer coisa procurem o nosso gabinete. Já ganhamos 436 ações contra essa empresa e vamos ganhar quantas forem necessárias”, afirmou a parlamentar.
Raíssa ainda lembrou a população de que existe um projeto de lei de sua iniciativa que proíbe a Energisa de cadastrar os consumidores em débito nos serviços de proteção ao crédito, como SPC e Serasa; e cobrou da empresa a apresentação de uma planilha que justifique os recentes aumentos, que ela considera abusivos. “Nossa energia é 40% mais cara do que a de São Paulo, isso é inadmissível”, criticou.