“O Brasil precisa ser passado a limpo”, diz parlamentar sobre corrupção
O vereador Fuba (PT) usou seu pronunciamento na sessão ordinária desta quarta-feira (8), na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), para comentar os acontecimentos mais recentes envolvendo a política no País. O parlamentar se revelou “estarrecido” com o governo do presidente interino Michel Temer (PMDB) e com denúncias de manobras no Congresso Nacional para livrar da Justiça agentes públicos acusados de corrupção. “O Brasil precisa ser passado a limpo”, afirmou.
O parlamentar petista avaliou que a classe política nacional está se revelando “de um cinismo muito grande”, ao tentar proteger o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), que responde no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa Legislativa por ter mentido sobre a existência de contas bancárias suas no exterior.
[citacao] Eduardo Cunha ameaça todos publicamente, mas não acontece nada com ele. Por tudo o que já testemunhamos, esse homem deveria estar na cadeia [/citacao]
Ele também destacou que o governo de Michel Temer tem sofrido baixas constantes nos seus ministérios, envolvendo ligações dos atuais gestores com os escândalos de corrupção revelados no País. “Demonizaram um único partido, e a nossa sociedade precisa enxergar isso. Cadê as panelas? Por que não estão batendo mais? Precisamos urgentemente de uma reforma política para mudar os rumos deste País”, defendeu.
Em aparte, o vereador Sérgio da SAC (SD) avaliou que o Partido dos Trabalhadores está sendo responsabilizado por toda a corrupção que sempre houve no Brasil. “O PT teve sim suas falhas, mas só um cego não quer enxergar o que esse governo fez pela educação e pelo povo brasileiro mais humilde”, disse.
Já Bruno Farias (PPS) disse que o afastamento da presidenta eleita Dilma Rousseff (PT) foi legítimo, pois, para ele, houve sim crime de responsabilidade. “Agora também concordo com Vossa Excelência quando fala que há dois pesos e duas medidas. Se alguns nomes tiveram prisão decretada e mandato cassado por gravações que traziam em si casos claros de tentativa de obstrução da Justiça, por que não fazer o mesmo com outros nomes? Temos que cobrar do Poder Judiciário uma mesma medida para pesos absolutamente iguais”, observou.