Alto índice de violência e exploração sexual infantil na PB preocupa vereador

por Assessoria do vereador (Bertrand Sousa) / Edição: Secom CMJP — publicado 18/05/2016 21h00, última modificação 17/07/2019 15h21
No último levantamento do Disque 100 foram registradas 4000 denúncias na Paraíba, o que corresponde a 2,61% do total de denúncias de violações aos direitos humanos do País.

Nesta Semana Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, o vereador Marmuthe Cavalcanti (PSD), membro da Frente Parlamentar em Defesa da Criança e do Adolescente na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), lamenta com indignação o fato de que a cada 15 horas uma criança ou adolescente sofreu violência ou abuso sexual, na Paraíba, em 2015, segundo dados do Disque 100, serviço da Secretaria Nacional de Direitos Humanos.

Os números da violência e exploração sexual infantil na Paraíba são alarmantes. Os telejornais e a mídia em geral relatam casos deste tipo quase todos os dias. São crimes bárbaros e covardes que deixam a população chocada e cada vez mais temerosa diante da escalada de violência contra crianças e adolescentes. Não podemos admitir que a cada 15 horas fatos desta gravidade se repitam”, afirmou Marmuthe.

Neste último levantamento do Disque 100 foram registradas 4000 denúncias na Paraíba, o que corresponde a 2,61% do total de denúncias de violações aos direitos humanos do País. Já o serviço estadual, Disque 123, registrou 107 denúncias este ano de violações aos direitos de crianças e adolescentes. As cinco denúncias mais recorrentes envolvendo crianças e adolescentes na Paraíba são: negligência, violência psicológica, violência física, violência sexual e exploração do trabalho infantil.

A grande quantidade de casos de violência e exploração sexual infantil na Paraíba confirmam a ineficiência do Governo do Estado com relação à segurança da população e evidenciam a insuficiência da sua rede de proteção e políticas públicas relacionadas às crianças e adolescentes. O problema é grave e pode ser muito maior, pois uma parte dos casos de abuso sexual não é denunciada, seja pela vergonha ou medo em relatar a violência, seja pela proximidade das vítimas com os abusadores. Enfim, são necessárias e urgentes ações mais efetivas para coibir esta prática criminosa”, disse Marmuthe.

Perfil das vítimas

Segundo a Secretaria Nacional de Direitos Humanos, a maior parte das vítimas deste tipo de crime no Brasil é do sexo feminino. A distribuição etária é variada: 31% das denúncias indicam violência sexual contra adolescentes de 12 a 14 anos, 20% das denúncias se referem a adolescentes entre 15 e 17 anos, e outros 5,8% de crianças entre 0 e 3 anos. A faixa etária mais atingida é a de 4 a 11 anos, com 40% do dos casos. Meninas e meninos negros/pardos somam 57,5% dos atingidos. Há relatos em todas as faixas etárias.