Atos de presidente do Brasil e de ministro da Saúde são tema de pronunciamento na CMJP
Tendo como pano de fundo a participação do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, nos Estados Unidos, o vereador Marcos Henriques (PT) fez uma reflexão sobre o atual Governo Federal. Na sessão ordinária híbrida da Câmara Municipal de João Pessoa desta terça-feira (21), o vereador ainda repudiou o gesto praticado pelo ministro da Saúde, o médico paraibano Marcelo Queiroga.
“Estou aqui para refletir um pouco sobre a participação do Brasil na Assembleia geral da ONU. Nela acontecem discussões sobre o meio ambiente e a economia. Ontem, vimos o encontro do presidente Jair Bolsonaro com o primeiro ministro britânico Boris Johnson durante o qual o gestor brasileiro disse às gargalhadas que não se vacinou. Ele faz lambança atrás de lambança”, comentou o vereador.
De acordo com Marcos Henriques, a delegação brasileira serviu de chacota nacional ao comer pizza na calçada em Nova Iorque. “Querem demonstrar que são humildes e descolados, mas só representam uma vergonha para nosso país ao não poderem entrar em estabelecimentos porque não estão vacinados. Enquanto estamos tentando fazer a população inteira se vacinar para conter essa pandemia, o maior gestor do país segue o caminho contrário”, ressaltou.
O vereador ainda comentou sobre imagens divulgadas pelos sites em todo país do ministro da Saúde Marcelo Queiroga fazendo gesto obsceno para manifestantes em Nova Iorque. “Preciso repudiar o gesto do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que não se deu ao respeito ao retrucar gestos de manifestantes. Ele mostrou sua pequenez, enquanto deveria dar o exemplo. Estirou o dedo em uma cena lamentável e deplorável, envergonhando a Paraíba e todo país. Ainda por cima, suspendeu a vacinação dos adolescentes dando continuidade à incompetência registrada neste governo desde o início da pandemia”, enfatizou.
Apartes
O vereador Milanez Neto (PV) aparteou Marcos Henriques dizendo que está ansioso aguardando a retratação do ministro, alegando que foi só um gesto impensado. “Um gesto desse não se aceitava nem na época da escola. Como é triste ver um presidente dizer sorridente que não se vacinou, como se a pandemia já tivesse acabado, além de desdenhar das milhares de vidas encerradas por esse vírus. Preciso enaltecer o Armazém Paraíba por exigir dos seus funcionários o cartão de vacinação como forma de garantir a vacinação de toda população para encerrar essa pandemia”, enfatizou.
Já o vereador Carlão (Patriota) disse que através do vídeo apresentado na sessão não viu nenhum gesto obsceno. “Temos que falar que o Brasil está sendo representado na ONU. Marcelo Queiroga garantiu a vacinação para Paraíba. O presidente é um homem de 64 nos de idade que pode muito bem decidir se vacinar ou não. Não podemos esquecer de respeitar as liberdades de cada ser humano. Essa liberdade ninguém tem o direito de tomar”, alegou.
O vereador Marcos Henriques fez questão de ressaltar que a liberdade de cada um é irrestrita, desde que não prejudique o outro, principalmente em período de pandemia. “Não se vacinar põe em risco outras pessoas. Precisamos é dar as mãos em torno dessa única alternativa que surgiu para terminar com essa pandemia. Estou feliz por não ter sido favorável ao Voto de Aplauso que essa Casa deu a esse Ministro”, finalizou.