Bancada de oposição apresenta novas denúncias envolvendo obras da Lagoa
A bancada de oposição da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) reuniu a imprensa, na manhã desta quarta-feira (7), para apresentar denúncias envolvendo funcionários públicos no processo de revitalização do Parque da Lagoa Solon de Lucena. Para os oposicionistas, a relação teria contribuído para um suposto desvio de recursos públicos nas obras da Lagoa. As suspeitas, segundo os vereadores, teriam sido obtidas a partir de denúncias de funcionários da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra).
O líder da bancada oposicionista na Câmara, Bruno Farias (PPS), explicou que “haveria uma conexão curiosa, no mínimo, estranha, para não dizer suspeita” entre o secretário municipal de Infraestrutura, Cássio Andrade; sua esposa, Luciana Maroja; a cunhada do secretário, Flaviana Maroja; e ainda o concunhado do gestor, Marcos Rodrigo Santos Júnior.
“São pessoas que ocupavam cargos estratégicos, ligados à intervenção no Parque Solon de Lucena, na Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP); na Compec, empresa responsável pelas obras na Lagoa; e na Caixa Econômica Federal. Luciana Maroja trabalha no Sigov, setor da Caixa responsável pelo gerenciamento e acompanhamento dos contratos governamentais entre a União e as prefeituras da Paraíba”, citou Bruno.
“Achamos que, pelo menos, há um problema ético nesse caso, já que se trata de uma obra pública, mas há uma rede de relações, no mínimo, estranha. Levaremos os fatos ao conhecimento da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal da Paraíba (MPF-PB) até a próxima segunda-feira (12), no máximo”, adiantou o líder.
DEFESA
Após as denúncias, Milanez Neto (PTB), da bancada governista, esclareceu que a esposa de Cássio Andrade é concursada na Caixa, alegando que o próprio secretário teria esclarecido que Luciana Maroja não participou do processo de revitalização da Lagoa.
“Não tomei ainda conhecimento de todas as denúncias, mas acho que a oposição deve ter cuidado com o denuncismo. Não devemos tratar política com politicagem, envolvendo famílias de pessoas que exercem cargo público”, opinou Milanez.