Câmara abre XVIII Favi-PB e concede Cidadania à artista plástica Lúcia França

por Haryson Alves — publicado 10/05/2016 21h00, última modificação 05/07/2019 17h35
Na ocasião, Durval Ferreira (PP) comemorou os 15 anos da Associart-PB e realizou a abertura da exposição “Vida e Arte”

A valorização dos artistas e o reconhecimento da arte paraibana foram celebrados na tarde desta quarta-feira (11), na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP). Em sessão solene, a Casa realizou a abertura do XIII Festival de Artes Visuais da Paraíba (Favi-PB), comemorou os 15 anos da Associação de Artistas Plásticos da Paraíba (Associart-PB), e outorgou a Cidadania Pessoense à artista plástica paulista Lúcia de Fátima França de Oliveira. A solenidade e as homenagens foram proposituras do presidente da CMJP, Durval Ferreira (PP), que presidiu o evento.

“Expressar ideias, sentimentos e emoções, em atividades diversificadas, é necessidade transformada em habilidade humana. E isso, muitos artistas nossos conseguem fazer com maestria”, destacou Durval Ferreira, reverenciando a qualidade dos artistas da Paraíba.

O presidente da CMJP ainda revelou o orgulho de comemorar no Legislativo os 13 anos do Favi-PB e os 15 anos da Associart-PB, entidade da qual a artista plástica Lúcia de Fátima França de Oliveira é uma das idealizadoras. “Tenho a honra de fazer parte do ciclo seleto de amizades de Lúcia, uma guerreira que até hoje luta pela valorização do segmento e pelos profissionais da área artística”, salientou Durval.

Homenageada discursa

Após receber a Cidadania Pessoense, a homenageada revelou que o ar de João Pessoa a ajudou a se curar de uma asma, quando criança, após chegar à cidade. “Na ocasião, criei uma afeição vital por esta cidade”, frisou a artista.

Artista plástica Lúcia França é ovacionada ao entrar no Plenário Senador Humberto Lucena.

“A arte transporta e eleva as pessoas. Se os gestores públicos e educadores tivessem o entendimento dessa prática tão eficaz, não teríamos tantas crianças na rua. Lembro que receber um não, no início da minha carreira, me fez ter garra para lutar para que vários outros artistas fossem respeitados, pautando meu trabalho na valorização do segmento artístico”, complementou Lúcia França.

A artista recebeu homenagens de vários amigos e companheiros de trabalho durante a solenidade, entre eles, o presidente da Casa de José Américo, Professor Damião Ramos, e a presidente da Associart-PB, Ana Gracía, que destacou: “não é fácil ser artista na conjuntura em que vivemos, mas não desistamos nunca”.

CMJP abriga exposição “Vida e Arte”

Em função da abertura do Favi-PB, a Sala Vip da CMJP abriga até 30 de maio a exposição “Vida e Arte”, com 10 quadros e uma escultura produzidos por Lúcia França. Entre as imagens geométricas visíveis nos quadros da artista, as figuras são justapostas em diversas posições e tamanhos, num contraste entre o claro e o escuro. Em outras das obras, cores enérgicas se fundem em paisagens que revelam as coloridas surpresas que se pode encontrar no limiar entre a arte e a vida. No centro da galeria, um busto feminino parece simbolizar a presença da artista perante suas criações. A imagem de cabelos alvoroçados e sorriso nada tímido exprime em seu semblante sentimentos como o de gratidão, felicidade e prazer.

Artistas da Paraíba comparecem à sessão solene de outorga de cidadania e abertura do Favi-PB.

O Favi-PB se espalha com exposições em diversos pontos da Capital e dá oportunidade para as pessoas observarem as obras dos artistas paraibanos e refletirem sobre o que cada um quer dizer. O Festival foi criado com o objetivo de mudar o panorama das artes visuais no Estado, principalmente no que diz respeito à autoestima dos artistas. A ideia é despertar o interesse da sociedade para a apreciação e o consumo das obras produzidas, valorizar os artistas locais e cobrar a implantação de políticas públicas de disseminação e valorização das artes plásticas. Para mais informações sobre a programação, contactar o Centro Cultural da CMJP pelo telefone (83) 3218-6371.

Perfil da homenageada

Lúcia França nasceu em 30 de outubro de 1962, em São Paulo (SP), e iniciou sua carreira como autodidata, observando as técnicas de artesanato da sua avó e as peças esculpidas em madeira pelo seu avô. Chegou à Capital da Paraíba em 1983 e, em 1994, participou pela primeira vez de uma exposição, passando, a partir daí a não abandonar o ofício. Licenciada em História, Lúcia França atua como produtora e curadora em artes visuais desde 1998. A artista possui 12 cursos, 22 exposições - entre as individuais e coletivas - e 14 participações em curadoria de exposições. Além de ser uma das fundadoras da Associart-PB, a artista também atuou como chefe da Divisão de Artes Plásticas da Fundação Cultural João Pessoa (Funjope) e atualmente é vice-diretora e curadora geral da Estação Cabo Branco, Ciência, Cultura e Artes.