Câmara celebra 15 anos de fundação da Academia Feminina de Letras e Artes da Paraíba
A Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Defesa do Consumidor da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) realizou, na tarde desta terça-feira (26), uma sessão especial para celebrar os 15 anos de fundação e a história da Academia Feminina de Letras e Artes da Paraíba (AFLAP). A solenidade, que aconteceu no Plenário do Legislativo Pessoense, foi proposta pelas vereadoras Helena Holanda (Progressistas) e Sandra Marrocos (PSB), que preside a Comissão.
Helena Holanda destacou que a Academia tem mulheres ilustres, experientes e guerreiras, que trabalham e lutam pelo fortalecimento da cultura e das artes na Capital e no Estado. Segundo ela, eventos como esse servem para tornar a importância da AFLAP mais visível. “Esse será o primeiro passo”, assegurou a progressista, destacando a qualidade e virtude das escritoras e do conteúdo dos seus livros. “São patrimônio da Academia”, concluiu.
Sandra Marrocos lembrou dois projetos de indicação, de sua autoria: um que solicita à Prefeitura a criação do Arquivo Público Municipal para preservação da memória; e outro que pede a implantação da Biblioteca, no Paço Municipal. A parlamentar elogiou a iniciativa de Helena Holanda de sempre trazer para a Câmara eventos que retratam a literatura, a poesia e a dança, entre outras atividades culturais.
A sessão contou com a presença de várias confreiras da AFLAP, além de representantes de outras entidades ligadas às artes da Capital paraibana. A diretora do Sindicato dos Docentes da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Mariza Pinheiro, considerou a data como muito significativa para sua vida enquanto estudiosa e mulher. De acordo com ela, é muito importante que as mulheres comemorem seus espaços de protagonismo.
A jornalista Tereza Madalena, integrante e uma das fundadoras da Academia, fez questão de destacar que a professora Maria Balila Palmira foi a idealizadora da AFLAP. Na ocasião, Tereza falou do seu trabalho como comunicadora e apreciadora da cultura pessoense. O secretário da Academia de Cordel do Vale do Paraíba, Sander Lee, disse que a Academia é uma inspiração para o coração dos poetas, escritores e intelectuais. “A arte nos humaniza e faz o coração cantar. Por isso, a Academia de Cordel está aqui para celebrar essa data”, acrescentou.
Por fim, falou a vice-presidente da Academia Feminina de Letras e Artes, Bernardina Maria Juvenal, que também é vice-reitora da UFPB. Ela ressaltou que a data resgata a história e importância das mulheres que tanto fizeram pela Academia e pela cultura paraibana. Bernardina lembrou da luta da escritora Raquel de Queiroz para integrar a Academia Brasileira de Letras, e afirmou que AFLAP nasceu, de certa forma, contra o machismo arraigado.
História da AFLAP
A posse do primeiro grupo que comandou a Academia Feminina de Letras e Artes (AFLAP) aconteceu no dia 29 de dezembro de 2004, no Teatro Santa Rosa, em João Pessoa. A primeira reunião ocorreu dias depois, no Instituto Histórico Geográfico Paraibano (IHGP). Em 2005, o então vereador Flávio Eduardo Marojá Ribeiro, mais conhecido como “Fuba”, apresentou e aprovou propositura tornando a entidade de reconhecimento público.
O Estatuto da AFLAP, publicado em 27 de dezembro de 2004, prevê, dentre várias ações, a preservação da memória das mulheres que contribuíram para o desenvolvimento das letras e artes da Paraíba; o incentivo à produção intelectual e artística da mulher paraibana; a realização de concursos literários e exposições de natureza cultural; e a promoção de ações e pesquisas relacionadas com a arte e a literatura.