Câmara de JP e ALPB lembram os 20 anos de morte de Humberto Lucena

por Paulo de Pádua — publicado 12/04/2018 21h00, última modificação 12/07/2019 09h26
Ex-senador paraibano foi tema de uma sessão solene realizada nesta sexta-feira (13), no plenário da CMJP

“Humberto Lucena foi um gigante na luta pela redemocratização do Brasil. Ele faz muita falta hoje num momento em que a política está desacreditada pela sociedade. Humberto teve um conduta ética irreparável e hoje vive nos corações e nas lembranças de todos os paraibanos”. As declarações, sobre o ex-senador Humberto Lucena (1928-1998) foram feitas pelo vereador Lucas de Brito (PV), durante sessão solene realizada nesta sexta-feira (13), que lembrou os 20 anos do falecimento do político paraibano.

A sessão aconteceu no Plenário Senador Humberto Lucena da Câmara Municipal de João Pessoa(CMJP) e foi realizada em conjunto entre a Assembleia Legislativa (AL) do Estado e o Poder Legislativo Municipal. O deputado Raniery Paulino (MDB) foi o autor da propositura pela AL, enquanto que o vereador Lucas de Brito a apresentou pela CMJP.

“O local não poderia ser mais apropriado e daria mais simbologia a essa sessão do que o Plenário da Câmara Municipal de João Pessoa, que tem o nome do senador Humberto Lucena”. Foi com essas palavras que o deputado Raniery iniciou seu rápido discurso na tribuna. Para ele, a política brasileira precisa, neste momento, de uma figura pública como Humberto Lucena. “Humberto era uma figura singular. Deixou de virar substantivo para se transformar em adjetivo por vários gestos de desprendimentos durante sua vida e trajetória pública”, afirmou o parlamentar.

Após o discurso, Raniery entregou a filha do homenageado, a ex-deputada Iraê Lucena, um livro confeccionado pelo Senado Federal que fala sobre grandes vultos da história política do País. “Esse livro conta a trajetória dos 50 anos do PMDB e fala do saudoso Humberto”, explicou o deputado.

Durante a sessão, foi exibido um documentário com vários depoimentos de lideranças políticas estadual e nacional, como o irmão Humberto, Haroldo Lucena; senador José Maranhão; ex-deputado José Lacerda; Efraim Morais; historiador José Octavio; Eduardo Suplicy; Renan Calheiros; o ex-senador Pedro Simon, entre outros.

Emocionada, a ex-deputada Iraê Lucena ressaltou a falta que sente do pai e ainda destacou o legado deixado pelo ex-senador. “Aqui deixou honrosamente o nome do meu pai escrito no livro da dignidade. Estou muito honrada por Deus ter me dado a oportunidade de estar, aqui, participando dessa sessão. Humberto foi um grande homem público, que deixou para a prosperidade a visão de um democrata”, declarou Iraê, que preside atualmente o PSDB Mulher.

Alguns amigos e correligionários do ex-senador paraibano também ocuparam a tribuna da Casa para falar sobre o homenageado. A procuradora do Estado, Sanny Japiassú, revelou, na ocasião, fatos marcantes de convivência na política com Humberto. Ela lembrou, inclusive, que ingressou na política e chegou a disputar uma eleição para deputada por conta do ex-senador. “Ele (Humberto) foi quem me incentivou a entrar na política”, assegurou a procuradora.

O ex-deputado Marcondes Gadelha, presidente estadual do PSC, disse que a CMJP e a AL estavam fazendo um tributo muito justo a memória de Humberto Lucena. “Humberto foi um dos maiores homens públicos dos últimos cem anos”, enalteceu.

O cantor Paulo Brasil e a regente do Coral da CMJP, Socorro Estrela, abrilhantaram a sessão solene executando a canção ‘Paraíba joia rara’, do compositor Ton Oliveira. Também marcaram presença os vereadores Milanez Neto (PTB) e Marmuthe Cavalcanti (PSD), o ex-governador Roberto Paulino; o deputado Benjamin Maranhão (MDB), este representando a Câmara Federal e o empresário de comunicação Roberto Cavalcanti e o jornalista Walter Santos, além de familiares do homenageado.