Chefe da CGU desmonta ofício da Caixa Econômica sobre obra da Lagoa, diz vereador

por Clarisse Oliveira — publicado 26/04/2016 21h00, última modificação 05/07/2019 09h32
Bruno Farias (PPS) exibiu, na manhã desta quarta-feira (27), entrevista com o chefe da Controladoria-Geral da União na Paraíba, Gabriel Aragão Wright, em que o controlador rebate informações da CEF

O vereador Bruno Farias (PPS) afirmou, na manhã desta quarta-feira (27), que o chefe da Controladoria-Geral da União (CGU) na Paraíba, Gabriel Aragão Wright, desconstruiu o ofício da Caixa Econômica Federal (CEF), que se posicionava a respeito de um contrato de repasse firmado com o Município de João Pessoa e refutava irregularidades apontadas pela CGU nas obras da Lagoa do Parque Solon de Lucena.

Da tribuna da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), Bruno Farias transmitiu uma entrevista realizada pela jornalista Edilane Ferreira com o chefe da CGU e publicada em site de notícias. Na reportagem, o controlador Gabriel Aragão Wright confirma as informações de fiscalização contidas no relatório da CGU. Ele destacou ainda que a Controladoria é um órgão que trabalha com critérios técnicos e que o relatório publicado não tem, de forma alguma, cunho político.

Durante a entrevista veiculada, Gabriel Aragão Wright afirmou que teve acesso ao ofício da Caixa e constatou a “falta de elementos probantes” no documento. Segundo ele, o ofício da Empresa Pública é direcionado a informar ao Ministério das Cidades o andamento e as fases da obra, não tendo a função de auditoria.

“As declarações do chefe da CGU são devastadoras. O controlador desmonta por completo a resposta pífia e inconsistente fabricada pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP). Tudo que foi dito aqui - na CMJP - segunda-feira (25), desmoronou, desceu pelo ralo diante dessas declarações. Contra dados técnicos não há argumentos. Está mantido, na íntegra, o relatório que comprova o desvio de recursos”, declarou Bruno Farias.

O parlamentar enfatizou ainda a necessidade de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na CMJP para investigar as supostas irregularidades nas obras da Lagoa. “É preciso que a CPI seja instalada. Como o chefe da CGU disse, é obrigação desta Casa investigar para onde foram quase R$ 10 milhões desviados. Fiscalizar é uma obrigação nossa”, destacou o vereador.