CMJP celebra 10 anos do Campus V da UEPB na Capital

por Damião Rodrigues — publicado 07/09/2016 21h00, última modificação 04/07/2019 15h26
Na ocasião, alunos da instituição apresentaram as reivindicações do movimento “SOS Campus V”

A Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) celebrou, na manhã desta quinta-feira (8), os 10 anos de criação do Campus V da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) em João Pessoa. A sessão solene, proposta pelo vereador Marmuthe Cavalcanti (PSD), aconteceu no Plenário Senador Humberto Lucena, na sede do Legislativo. Na ocasião, alunos da instituição apresentaram as reivindicações do movimento “SOS Campus V”.

O parlamentar lembrou que apesar do Campus V da UEPB, em João Pessoa, completar 10 anos de existência com uma exposição de projetos e atividades voltados à comunidade, os seus alunos não têm muito o que celebrar.

“Há 10 anos, desde sua criação, o Campus V da UEPB aguarda um espaço definitivo para o seu funcionamento. Apesar desta solenidade ter, inicialmente, uma motivação comemorativa, há pouco a se comemorar. Na verdade, esta sessão que realizamos hoje serve para fortalecer a luta em defesa do ensino público, gratuito e de qualidade em nosso Estado; em defesa dos estudantes, educadores e servidores da UEPB”, justificou Marmuthe.

Marmuthe sugere que Campus V da UEPB seja instalado no bairro Valentina de Figueiredo, na Zona Sul de JP.

O vereador salientou que defende a criação de um espaço definitivo, moderno e adequado para o Campus V da UEPB e sugeriu um local para esta instalação da Universidade. “Talvez até no bairro do Valentina de Figueiredo, que já possui uma grande faculdade particular da área de Saúde, dispõe de todo o espaço físico necessário para uma obra deste porte, além de várias linhas de ônibus e rotas de acesso pelo Geisel, Mangabeira e pela via PB-008”.

O presidente do Diretório de Estudantes do Campus V, Paulo Henrique, lembrou que a UEPB nunca teve um espaço físico próprio na Capital, estando, atualmente, em um local sem estrutura para abrigar uma universidade, além de dividir o mesmo ambiente com alunos do ensino médio do Estado.

“Nossos cursos não podem reformular a grade curricular porque não existe estrutura física para a prática acadêmica de forma tranquila. Mesmo com todos os percalços, nossos cursos são reconhecidos em todo o País. Precisamos de atenção para continuarmos a nossa prática acadêmica”, discursou.

 

Estudantes da Escola Estadual José Lins do Rego e da UEPB em JP dividem o mesmo espaço físico.

Paulo Henrique ainda leu uma Carta Aberta à Reitoria da UEPB, ao Governo do Estado e à comunidade acadêmica revelando o sentimento dos alunos sobre a situação por que passam e suas reivindicações, solicitando audiência para discutir a questão.

A presidente do Centro Acadêmico do curso de Relações Internacionais, Maria Eduarda Câmara, falou que os cursos da instituição têm excelência e estão entre os mais conceituados do País. De acordo com ela, existem conflitos entre os alunos e professores das instituições que coabitam no mesmo espaço.

Também usaram a tribuna da CMJP os presidentes do Centro Acadêmico de Biologia e Arquivologia e do Grêmio Estudantil da Escola José Lins do Rego. Eles cobraram ações urgentes, para possibilitar a melhor estruturação das duas instituições, que permitam a melhoria da prática educacional de todos os envolvidos. “Uma escola com mais de 30 anos de história não pode acabar sem atenção do poder público. O prédio do José Lins do Rego não tem capacidade de abrigar as duas instituições”, afirmou Micael França, presidente do Grêmio Estudantil da unidade escolar.

Histórico

Criado em 2006, após a conquista da autonomia financeira que viabilizou a expansão da UEPB, o Campus V - Ministro Alcides Carneiro - trouxe para o Litoral Paraibano cursos pioneiros com o intuito de atender a uma demanda local, como os Bacharelados em Arquivologia, Relações Internacionais e Ciências Biológicas.

A sede atual do Campus V da UEPB está localizada na Escola José Lins do Rego, no bairro do Cristo Redentor, e o polo de educação à distância funciona na Avenida Coremas, no Centro, oferecendo cursos de graduação em Letras e Geografia, voltados aos professores da rede pública de ensino (estadual e municipal), inscritos no Plano de Ações Articuladas (PAR) do Governo Federal; e as graduações em Administração Pública e em Pedagogia, esta última, presencial, com aulas aos sábados.