CMJP discute a perspectiva de privatização das empresas públicas

por Damião Rodrigues — publicado 10/10/2017 21h00, última modificação 17/07/2019 11h45
A discussão foi proposta no âmbito da Comissão de Políticas Públicas da Casa, que tem o vereador Marcos Henriques (PT) como presidente.

A Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) realizou, na tarde desta quarta-feira (11), uma audiência pública para debater “a ameaça de privatização das empresas públicas”. A discussão foi proposta no âmbito da Comissão de Políticas Públicas da Casa, que tem o vereador Marcos Henriques (PT) como presidente. Aeroportuários, funcionários dos Correios, bancários, petroleiros, vigilantes, militantes de partidos e sindicalistas lotaram as dependências do Legislativo Municipal para discutir o tema.

A mesa de trabalho foi composta pelos vereadores Marcos Henriques e Sandra Marrocos (PSB); pelo deputado estadual da Paraíba Anísio Maia (PT); o deputado estadual de Pernambuco Lucas Ramos (PSB); o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústrias Urbanas na Paraíba (Stiupb), Wilton Maia; a presidenta municipal do Partido dos Trabalhadores, Luzemira Linhares; o diretor do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Rogério Varela; o diretor da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Paulo Marcelo de Lima; o presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcelo de Lima Alves; o diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP), João Antônio de Moraes; o presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores na Paraíba (NCST-PB), Antônio Erivaldo; o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios, Emanuel de Souza Santos; e o secretário geral da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), Pedro Damásio.

Marcos Henriques destacou que o país volta a viver sob a ameaça da entrega do patrimônio público nacional ao capital privado com a intenção de liquidar os ativos de 57 empresas nacionais, dentre elas, aeroportos, o sistema de geração e distribuição de energia elétrica, entre outras.

 

De acordo com o vereador, a proposta de privatizações apresentada fundamenta-se na necessidade de cobrir o deficit fiscal gerado pelo mesmo governo, entregando, inclusive ao capital internacional, empresas que somadas geram lucros bilionários. “Existe uma preocupação com o futuro do nosso Brasil. Não iremos admitir a privatização em nenhum setor de nosso país. Vamos lutar porque somos guerreiros”, ensejou o parlamentar.

Sandra Marrocos falou da importância da defesa da manutenção dos direitos adquiridos por intensas lutas do povo brasileiro. Já o deputado Anísio Maia disse que a grande luta que existe no Brasil é a reconquista do diálogo com a população para que ela não se deixe levar por informações enganosas.

O deputado de Pernambuco Lucas Ramos comentou que a privatização causará um impacto direto no bolso da população brasileira. “Estamos pagando uma das gasolinas mais caras do mundo e isso pode piorar. Existe um pacote de privatização que inclui o aeroporto de João Pessoa, a Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), as estradas, os bancos públicos e a Petrobras. Tantas empresas que fizeram o Brasil um país tão pujante. Estamos vivendo um tempo de escuridão e precisamos lutar contra a privatização de nosso país”.

 

 

O diretor da FUP, João Antônio de Moraes, comentou que as elites nunca tiveram compromisso com o povo. “Os avanços e progressos foram conquistas do nosso povo, das classes menos privilegiadas. Só o povo organizado e mobilizado pode mudar a situação de insegurança política e institucional por que passa o nosso país”, afirmou.

Outros trabalhadores e sindicalistas que usaram a tribuna defenderam os direitos conquistados pelos menos favorecidos, a soberania do Brasil e a efetiva luta das classes operárias. A discussão ainda contou com a presença do vereador Milanez Neto (PTB).

Assista a audiência pública na íntegra aqui.