CMJP terá debate sobre “coleta de lixo social” no próximo dia 22

por Por Haryson Alves — publicado 04/03/2018 21h00, última modificação 01/07/2019 14h24
Sistema tem como público-alvo gestores públicos e empresários interessados na resolução sustentável e social das problemáticas relativas à destinação e trato dos resíduos sólidos

O Consórcio Instituto Nacional de E-Logística Reversa (Iner) vai lançar, na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), uma proposta a órgãos públicos e privados da Paraíba para o gerenciamento das problemáticas relativas à gestão dos resíduos sólidos nas cidades. A apresentação do projeto 'Lixo Zero Social 10' será dia 22 deste mês, com uma explanação do presidente nacional da Confederação do Elo Social Brasil (Cesb), Jomateleno dos Santos Teixeira, seguida de debate. O evento será aberto ao público, e pretende-se construir propostas específicas para a capital.

“Superar a degradação ao meio ambiente, a cada dia mais intensa, é um dos desafios que encontramos no poder público. Pensar no trato e destino correto do lixo que produzimos é encarar tal realidade de forma sustentável, algo que não podemos deixar pra depois na realidade de João Pessoa”, declarou o presidente da CMJP, vereador Marcos Vinícius (PSDB).

A iniciativa funciona como uma franquia. O Grupo Iner cria o projeto de gestão do lixo para determinada localidade e empresas ou órgãos públicos financiam a estruturação das unidades. “A Câmara está facilitando a divulgação de nossa proposta, de forma que entidades e setores públicos sejam sensibilizados a buscar soluções para os problemas ambientais e sociais gerados com a gestão dos resíduos sólidos”, afirmou a presidente do Grupo Iner na Paraíba, Danielle Medeiros de Lucena.

Consórcio do Lixo 05-03-2018 Oenildo 007

Ela explicou que a intenção é instalar uma usina de reciclagem de lixo para cada 100 mil habitantes – os CTTs, Centros de Triagem e Transbordo, incluindo o trato do lixo hospitalar, crematório de animais e local específico para compostagem –, através de parcerias com entidades públicas e privadas, ofertando cerca de 6 mil empregos diretos e indiretos, podendo, inclusive, contar com mão de obra carcerária. Cada usina é acompanhada de uma unidade social, responsável por desenvolver projetos comunitários conduzidos por uma equipe multiprofissional.

Cada unidade é construída respeitando-se as normas para usinas do gênero, subsidiando aos investidores tecnologia e suporte técnico. “A Câmara e nós convidamos toda a população paraibana, órgãos e gestores públicos, empresários, investidores e interessados na questão, inclusive quem tem a intenção de ingressar nesse ramo de atuação. Nossas usinas são totalmente financiadas pelo BNDES, Banco Mundial, além de outras empresas fornecedoras de linha de financiamento”, esclareceu Danielle Medeiros.

Ano passado, no Espírito Santo (ES), a experiência teve um orçamento médio de R$ 10 milhões para a instalação de cada usina. Lá, calculou-se que o retorno do investimento ocorreria no período de seis a oito meses, já que, entre as prefeituras capixabas, pagam-se cerca de R$ 60,00 por tonelada de resíduos coletados.