Combate ao Abuso Sexual Infantil: vereador prega união e leis mais severas para impedir violência
O Dia de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, 18 de maio, foi lembrado pelo vereador Carlão (Patriota), em pronunciamento na sessão ordinária da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), desta terça-feira (18). O parlamentar trouxe números de casos de violência contra menores e pediu união para enfrentar o problema.
“O Disque 100 chega a receber 50 ligações por dia, denunciando abusos contra crianças e adolescentes. O Ministério Público do Paraná trouxe o dado de que três crianças são abusadas, diariamente, por hora no nosso Brasil”, citou o vereador, alertando sobre o risco de se politizar o assunto.
Carlão defendeu que a Casa Napoleão Laureano se una contra esses números alarmantes. “É contra esse sofrimento que temos que lutar, de todas as formas. Precisamos fazer campanhas, manifestações e nos unir contra essa violência vil, que destrói a inocência das nossas crianças e que traz reflexos de um adulto doente”, refletiu.
O vereador lembrou casos de violência contra crianças, como o do assassinato do menino Henry, de 4 anos, cujos suspeitos do crime são o padrasto e a mãe; e do menino Rhuan, de 9 anos, cujas acusadas são a mãe e a companheira. “Não tem como proteger esses inocentes se nós não fizermos campanhas duras e leis duras contra todo tipo de canalhice e covardia contra nossas crianças”, apoiou.
De acordo com o vereador, quase 100% dos casos de abusos relatados por menores são reais. “Quando um inocente falar para o seu pai, seu avô, seu padrinho que está sofrendo uma violência, é preciso que se dê muita atenção a isso. O mal que isso traz é terrível, um ser humano adulto doente, depressivo, incapaz de superar seus medos, pelas agressões que sofreu”, alertou Carlão.
Em aparte, o vereador Marcos Henriques (PT) defendeu que os recursos que serão investidos na política de defesa da criança e do adolescente estejam previstos no Orçamento Municipal. “Que possamos dar esse presente à toda a rede de proteção de crianças e adolescentes”, projetou.
A vereadora Eliza Virgínia (PP) apontou que o desfazimento das famílias agrava o problema da violência contra menores. “A gente percebe que a maioria desses crimes estão sendo cometidos por padrastos, madrastas, que não são os pais verdadeiros da criança. Quando a família fica doente, toda a sociedade adoece”, observou.