Condução coercitiva de Lula é desaprovada por vereador

por Haryson Alves — publicado 07/03/2016 21h00, última modificação 16/07/2019 13h31
Edson Cruz (PP) disse que ação da PF foi absurda e que tentaram desmoralizar o ex-presidente

O vereador Edson Cruz (PP) disse que ninguém pode ser criminalizado antes de um julgamento. Ele desaprovou a forma como o ex-presidente Lula foi conduzido coercitivamente para prestar depoimento à Polícia Federal, na última sexta-feira (4), durante a 24ª fase da Operação Lava Jato. O assunto foi tema do pronunciamento do parlamentar, na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), na sessão ordinária desta terça-feira (8).

“Tentaram desmoralizar o ex-presidente conduzindo-o de uma forma absurda. Fica registrada a minha insatisfação, pois o julgamento dele ainda vai acontecer, mas já estão fazendo um julgamento político”, opinou Edson Cruz.

O parlamentar defendeu que, se ao final do processo Lula for julgado culpado de algo, ele deve pagar. Porém, chamou a atenção para as atitudes do ex-presidente. “Em nenhum momento ele se negou a prestar esclarecimentos. Ele cumpriu com todos os compromissos para os quais foi chamado”, destacou o progressista.

Edson Cruz ainda apontou o que ele avalia como alguns avanços no Brasil, conquistados nos governos de Lula. “Ele fez com que cada cidadão deste País tivesse acesso à universidade. Tudo ficou mais fácil, como adquirir um automóvel, ou uma casa, através dos programas assistenciais de moradia. Também teve a questão hídrica, com a transposição do Rio São Francisco, e a duplicação de BRs no Nordeste que era esquecido”, comentou.

Entenda o caso

Na última sexta-feira (4), o ex-presidente Lula foi alvo da 24ª fase da Operação Lava Jato, que apura um esquema de corrupção na Petrobras. A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na casa do petista e na sede do Instituto Lula, e levou o ex-presidente para prestar depoimento. O Ministério Público investiga se dinheiro oriundo do esquema de corrupção na Petrobras foi pago a Lula com imóveis, móveis e reformas, o que a defesa nega.