Descaso da Gestão Municipal e denúncia são abordados na tribuna da CMJP

por Damião Rodrigues — publicado 04/03/2019 15h05, última modificação 06/03/2020 09h19
Colaboradores: Foto: Olenildo Nascimento
Leo Bezerra (PSB) alegou descaso com as ações finais da Gestão Municipal e destacou denúncia apresentada pelo vereador Bruno Farias (Cidadania) sobre apropriação indevida por parte de quatro servidores da Capital

Afirmando que vai acompanhar de perto a reforma administrativa anunciada pelo vereador Luciano Cartaxo (PV), o vereador Leo Bezerra (PSB) usou a tribuna da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), na sessão ordinária desta quarta-feira (4), para alegar descaso com as ações finais da Gestão Municipal. 

Ainda nesse pronunciamento, o vereador Leo Bezerra destacou uma denúncia apresentada pelo vereador Bruno Farias (Cidadania), sobre apropriação indevida, por parte de quatro servidores da gestão do prefeito Luciano Cartaxo (PV), de um programa de computador desenvolvido para a central de compras da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP).

Vou acompanhar de perto a reforma administrativa anunciada pelo prefeito Luciano Cartaxo, mesmo porque ela já deveria estar em curso, pois os secretários que querem se candidatar nas próximas eleições devem deixar a Gestão. Falta comando na PMJP e ninguém aguenta mais só conversa e nenhuma ação. Ninguém ao menos quer responder à bancada de oposição desta Casa”, alegou.

De acordo com Leo Bezerra, o prefeito Luciano Cartaxo prometeu o prontuário eletrônico em 2014 e 2017 e depois de oito anos, nada foi feito; o cidadão ainda precisa se dirigir à Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob) para contestação de multas aplicadas pelo órgão, enquanto em outras cidades essa contestação pode ser feita através da internet, por um sistema simples de multa. “Tem problema também com o píer da Lagoa que no papel era lindo e seguro, mas não passa de uma banheira, onde ninguém tem coragem de permanecer”, disse.

Leo prosseguiu questionando ações da gestão municipal: “Cartaxo garantiu que acabaria o alagamento na ponte que liga os bairros de Mangabeira e Valentina de Figueiredo, iniciou uma licitação que perdura até hoje sem início de nenhuma obra. Essa gestão precisa escutar o vereadores que estão mais próximos da população e conhecem de perto os seus anseios e necessidades. Nossa bancada cobra melhorias para nossa cidade. Criamos a Caravana da Oposição para elencar os problemas e cobrar as soluções. Encaminhamos relatórios e requerimentos e nenhum foi respondido ou atendido. Se respondessem nossas indicações, essa Gestão estaria melhor”, defendeu.

Apesar disso, o vereador de oposição não deixou de comentar alguns avanços na Capital paraibana: na habitação, com a entrega de mais de 9 mil novas unidades habitacionais; na iluminação pública com a implantação das lâmpadas de LED e o calçamento de diversas ruas por toda cidade.

Em aparte, o vereador Carlão rebateu as críticas apresentadas por Leo Bezerra, destacando avanços da Gestão Municipal. “Não podemos deixar de exaltar o maior projeto de Habitação popular já realizado em nossa cidade. No início desta Gestão contávamos com apenas uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), hoje contamos com mais quatro. São diversas novas praças espalhadas por toda cidade, sem falar na revitalização do nosso principal ponto turístico que é o Parque da Lagoa. São crianças protegidas e alimentadas em nossas creches e jovens protegidos da bandidagem nas escolas de Tempo Integral”, relatou. 

Denúncia

O vereador Leo Bezerra ainda destacou uma denúncia apresentada por Bruno Farias sobre apropriação indevida por parte de quatro servidores da gestão do prefeito Luciano Cartaxo (PV) de um programa de computador desenvolvido para a central de compras da PMJP. De acordo com denúncia encaminhada ao Ministério Público da Paraíba (MP-PB), eles se apropriaram de um software da PMJP, desenvolvido por funcionários públicos e registraram junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), como se o sistema tivesse sido criado por eles na condição de particulares e fosse de propriedade deles. “Sistema é uma coisa que essa Gestão não gosta de fazer, mas esses servidores precisam prestar satisfação sobre essa denúncia”, cobrou Leo Bezerra.