Desocupação de famílias no Colinas do Sul II é criticada por vereador
A desocupação de mais de 50 famílias no Colinas do Sul II, pela Prefeitura da Capital, na última quarta-feira (20), foi criticada pelo vereador Marcos Henriques (PT) durante pronunciamento na sessão desta quinta-feira (21), da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP). O parlamentar cobrou mais diálogo da gestão municipal na resolução dos conflitos.
“A cada dia nosso país passa por problemas, as pessoas estão sem ter onde morar e a gente precisa entender que, com o desemprego, o problema vem a ser recorrente. Ontem no Colinas do Sul II ocorreu a desocupação de mais de 50 famílias que não estão ali porque querem, mas porque necessitam”, explicou o parlamentar, salientando que as famílias foram desocupadas sem nenhuma notificação prévia.
Marcos Henriques cobrou mais diálogo da gestão municipal na resolução dos conflitos. “O secretário [João Almeida] chamou de organização criminosa e acusou um dos líderes do movimento com inverdades. O diálogo é extremamente importante e necessário. Pedimos para que o secretário seja respeitoso e os receba e dialogue”, solicitou o vereador, acrescentando que o déficit habitacional do município é grande e não é um problema que tem solução rápida, por isso precisa de atenção.
O líder da bancada da situação na Casa, vereador Bruno Farias (Cidadania) afirmou que a secretária de habitação Socorro Gadelha está envidando esforços para diminuir o déficit habitacional e que a gestão não pode agir ilegalmente. “Lutar por moradia digna não significa fechar os olhos para o que está errado. A invasão de áreas públicas, sobretudo de áreas verdes, não está certa. Recebemos denúncia formal de pessoas acampadas há 30 dias, não havendo nenhum tipo de construção ou edificação. A organização do espaço urbano exige ação rápida do poder público e assim foi feito”, afirmou o vereador, destacando que o grupo foi recebido pelo secretário Diego Tavares, que pediu as reivindicações por escrito e a documentação não chegou à prefeitura.
Nova Zona Azul
Marcos Henriques ainda demonstrou preocupação com o projeto de estacionamento rotativo que vai substituir a Zona Azul da cidade. “Em um momento de diminuição de renda e achatamento salarial, o projeto aumenta em 100% o valor da tarifa adotada anteriormente. O dinheiro da Zona Azul era destinados a fundos de amparo ao idoso, criança e adolescente, das pessoas com deficiência e do combate às drogas. Presenciamos uma importante instrumento de arrecadação de recursos tirado para dar à iniciativa privada”, enfatizou, ressaltando ainda que a automação do serviço vai escantear um número alto de pessoas que hoje trabalhavam no antigo sistema.