'Escola na Câmara': programa traz instituição de ensino inclusiva para conhecer o Legislativo
Na manhã desta quarta-feira (29), a Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) recebeu mais uma instituição de ensino no projeto 'Escola na Câmara'. A quarta escola a visitar o Legislativo Municipal foi a Escola Municipal João Santa Cruz de Oliveira, que atua de forma inclusiva há mais de vinte anos, e trouxe seus alunos para conhecer mais sobre como o Legislativo funciona, os trâmites para a elaboração das leis da Capital e os trabalhos realizados pelos vereadores.
A escola funciona em tempo integral e possui alunos com deficiência física, auditiva, intelectual, além de crianças com Síndrome de Down, microcefalia e visão subnormal. Cerca de 15 alunos assistiram às palestras proferidas pelos profissionais da Escola Legislativa da Casa, interpretadas na linguagem de sinais pela funcionária da escola, Josilene Araújo.
A vereadora Helena Holanda (PP) recebeu os alunos e destacou a importância do projeto que é realizado pela Escola do Legislativo Professor Celso Furtado da CMJP. “Esse projeto é uma maneira da Câmara aproximar-se do povo, e aproximar-se das escolas é mais importante ainda para que esses adolescentes tenham o conhecimento desde bem cedo do que realmente é legislar, do que é a Câmara de vereadores” ressaltou.
Para a parlamentar, a visita pode despertar nas pessoas com deficiência o papel de luta pelos seus direitos desde cedo. “É importante pessoas com deficiência também terem consciência do papel do político, quem sabe despertar o interesse delas de virem para cá defenderem suas próprias causas e mostrarem suas potencialidades, tanto como cidadão, quanto parlamentar”, afirmou.
A diretora da escola, Bernadete de Jesus Cavalcanti, afirmou que o programa desperta a liderança dos alunos e é uma oportunidade deles terem uma aula prática. “É muito importante que o aluno tenha conhecimento, não só o teórico na escola, mas aqui o prático diretamente onde o vereador trabalha, saber que ele faz. Tudo isso é muito importante, por que é assim que saem as lideranças, conhecedoras de seus direitos, da comunidade da qual eles participam”, destacou.
Segundo o presidente da Escola do Legislativo, Paulo Eduardo Sá Barreto, é importante saber a quem reivindicar. “Eles tiveram aqui a noção de como surgem as leis, de como surgem os pedidos e viram exemplos de leis que tratavam da educação inclusiva. Eles viram como elas podem surgir, inclusive pela participação da sociedade. É uma maneira pela qual eles podem cobrar dos vereadores para incluir as suas demandas”, ressaltou.
O estudante Eduardo Laurindes, de 20 anos, é deficiente auditivo e esteve pela primeira vez na Casa. “Nos acolheram muito bem, é muito importante para mim estar aqui presente. Foi a primeira vez que vim na Câmara e achei tudo muito interessante”, opinou.