Incentivo a startups e combate ao cyberbullying são destaques em mandato de vereador

por Secom CMJP — publicado 25/11/2021 15h35, última modificação 25/11/2021 15h35
Colaboradores: Foto: Olenildo Nascimento
Dos 50 projetos apreciados na última terça-feira (23), 19 eram de autoria do vereador Bruno Farias (Cidadania)

Em entrevista concedida na manhã desta quinta-feira (25), à jornalista Edileide Vilaça no programa Ação Parlamentar da Rádio Câmara FM (88.7 MHZ), o vereador Bruno Farias (Cidadania) falou sobre as ações de seu mandato neste ano, na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP). Enquanto líder do governo na Casa, Bruno entende que essa representação é positiva: “Aprendi a gostar de política na primeira eleição de Cícero Lucena(Progressistas), quando tinha 15 anos e ainda nem podia votar. Para mim, é motivo de honra e orgulho”.

Na sessão ordinária da última terça-feira (23), dos mais de 50 projetos apreciados, 10 são de autoria do parlamentar.”Desde janeiro de 2019, no meu primeiro mandato, procuro ter uma produção legislante bem ativa”, afirmou. Uma das propostas versa sobre a criação de um programa de incentivo à criação de startups. Bruno explicou que esse é o futuro e que a Paraíba tem essa vocação. “Perceba que o Hackfest encontrou solo fértil em João Pessoa”, exemplificou. O Hackfest é uma maratona de programação na qual os participantes desenvolvem aplicações de tecnologia de informação disponibilizadas à população e aos órgãos de fiscalização, para que possam ser utilizadas como ferramentas de promoção da cidadania, da efetivação das políticas públicas e do combate à corrupção.

Regras mais rigorosas de combate ao cyberbullying são a segunda pauta destacada por Farias. Ele lembrou que, há alguns meses, aconteceu a morte trágica do filho da cantora paraibana Walkyria Santos, Lucas, vítima de ataques em rede social. “As pessoas estão sendo vítimas dos julgamentos virtuais de maneira muito sumária e desonesta”, lamentou. O projeto apresentado visa, de acordo com o parlamentar, combater esse tipo de atitude e prevenir para proteger jovens e crianças, que compõem um público mais vulnerável.

Além desses, um terceiro projeto apresentado na terça-feira (23) fala sobre a emissão de poluição sonora de motos. “Eles adulteram [o escapamento comum desse tipo de veículo] e isso causa prejuízos a muitas pessoas, sobretudo os idosos, pessoas com autismo e até animais”. Inclusive, outra bandeira levantada pelo parlamentar é a garantia dos direitos e preservação da dignidade de pessoas com o transtorno do espectro autista. Uma de suas ações é a criação de projeto para assegurar o laudo do espectro, uma vez que viabiliza o acesso às políticas públicas específicas. “Se você não tem o laudo, não tem acesso”, salientou.

Com a pandemia da Covid-19, Bruno Farias também atentou à importância da atividade física regular e adentrou à luta para tornar a prática de exercícios físicos como uma atividade essencial. Ele lembrou de quando adoeceu em decorrência do vírus: “Talvez isso [os exercícios] tenha sido importante para eu ter convivido de maneira mais amena com a doença”.

Além da saúde, o parlamentar também enfatizou sua preocupação com questões relativas ao meio ambiente e disse que há áreas de preservação que podem, segundo ele, ser objeto de especulação imobiliária e ocupações. Farias pretende trazer contribuições que tangem essa temática para o Plano Diretor da capital paraibana, que é, para o parlamentar, o mais participativo da história de João Pessoa.

Bruno lembrou que no próximo dia 1º de dezembro, acontecerá a audiência pública da Lei Orçamentária Anual (LOA), exercício 2022. Ele considera importante a interação com a sociedade civil organizada e afirmou que é a partir dessas discussões que muitos projetos poderão ser desenvolvidos.

Finalizando a entrevista, sobre a hipótese de se tornar presidente da Câmara Municipal de João Pessoa no próximo biênio, Farias afirmou: “Estou preparado seja qual for o veredito”. E concluiu, quando questionado acerca de uma possível candidatura ao cargo de deputado, explicando que entende que a política precisa ser feita com olhos no horizonte, sim, porém, sempre mantendo os pés no chão.