JP enfrenta 107 dias de cirurgias cardíacas eletivas suspensas e 700 aguardam por operação, denuncia vereador
O vereador Bruno Farias (PPS) denunciou a suspensão, por 107 dias, de cirurgias cardíacas eletivas, por parte da Gestão Municipal. O parlamentar foi o primeiro a se pronunciar na sessão ordinária da manhã desta quarta-feira (17), da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP).
Segundo o oposicionista, a defasagem da Tabela de Procedimentos e Valores do Sistema Único de Saúde (SUS) fez com que hospitais conveniados com a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) suspendessem as cirurgias eletivas e realizassem somente os casos de emergência.
“Uma preocupação vem tomando conta da cidade de João Pessoa: há 107 dias as cirurgias cardíacas eletivas estão suspensas. Cerca de 700 pacientes não realizaram procedimentos em razão dessa suspensão. Pessoas estão morrendo e o Poder Público se mostra inerte e insensível a esta causa, que não é política, e sim em favor da vida”, declarou Bruno Farias.
O parlamentar propôs que a Prefeitura da Capital resolvesse o problema cedendo um acréscimo ao valor estabelecido na Tabela do SUS. “A PMJP pode dar um complemento à Tabela SUS para que os cidadãos e cidadãs não fiquem sem condições de desempenhar suas atividades diante do comprometimento de um órgão tão vital como é o coração”, sugeriu.
O líder da bancada da situação na Casa Legislativa, vereador Marco Antônio (PHS), destacou que, na manhã desta quarta-feira (17), o assunto esteve em pauta numa reunião com o Conselho Regional de Medicina (CRM), com o secretário municipal de Saúde, Adalberto Fulgêncio, e com a secretária do Estadual da Saúde, Roberta Abath.
“Vossa Excelência traz um tema bastante importante. Gostaria de tranquilizá-lo, já está acontecendo agora uma reunião para discutir exatamente essa questão das cirurgias cardíacas, dos cateterismos e das angioplastias. Afinal, ao se tratar de Saúde não há espaços para bandeiras partidárias”, afirmou Marco Antônio.