Mais sete quadrilhas juninas gravam para série da TV Câmara JP

por Clarisse Oliveira — publicado 19/06/2017 21h00, última modificação 08/07/2019 08h47
Entrevistas entram na grade junina da emissora, sintonizada através do canal aberto 52, pela Net, canal 23, e também estarão disponíveis na internet

Mais sete quadrilhas juninas tiveram a oportunidade de contar a sua história, origens e temas na série de entrevistas promovida pela TV da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), cujas gravações tiveram continuidade na tarde desta terça-feira (20). No mesmo dia, pela manhã, foram gravados programas com a história de seis quadrilhas. As gravações começaram nesta segunda-feira (19), e vão até esta quarta-feira (21) e pretende conversar com mais de 30 representantes de Juninas da Grande João Pessoa. Programas podem ser vistos ao longo da programação da TV Câmara, pelo canal aberto 52, ou pela Net, canal 23. Também podem ser acessados pelo canal da CMJP no Youtube. Dois 

Passarinhos representando o amor. Foi a inspiração para o nome da Junina João de Barro, fundada em 2015, no bairro Valentina de Figueiredo. De acordamos com o vice-presidente da quadrilha, Ronaldo José Miranda, a comunidade é bastante engajada com as tradições do bairro. “Fazemos visitas em escolas para convidar as pessoas. Nossa comunidade é muito participativa, é uma preocupação nossa manter a comunidade perto para que ela se envolva cada vez mais com a tradição folclórica do bairro”, afirmou Ronaldo José Miranda ressaltando que o tema deste ano é “Êta São João bom”. Com o tema:

¨Na fé em Nossa Senhora, na força do meu arado, sou homem do interior, sou caipira arretado¨,a Junina Paraíba trouxe este ano o perfil do homem caipira e a fé que o homem do campo tem. De acordo com o coordenador, coreógrafo e marcador da quadrilha, Luciano Peixoto, a Junina Paraíba foi fundada em 1996, no bairro do Róger, e leva o nome da Paraíba Brasil a fora. “Fazemos uma grande divulgação do nosso Estado e uma grande homenagem a nossa terra. Já fomos ao Rio de Janeiro, percorremos vários estados do Nordeste levando o nome da Paraíba”, afirmou. Já no bairro Ernani

Sáriro, a opção foi manter a tradição viva, referentes ás músicas da terra. É o que Clenilzo Roberto, coordenador da Junina Xote e Baião explicou. “Fazemos questão de trazer sempre o regional, de ressaltar o pé de serra”, enfatizou. O tema deste ano contempla “O impossível pode ser possível”. Segundo Clenilzo Roberto, a quadrilha conta a história de uma personagem que se apaixona por um espantalho, que devido ao amor dela, ganha vida na noite de São João. A raridade encontrar a flor do

sertão foi a inspiração do 

nome da Junina Linda Flor do Sertão. ¨Assim como a flor do sertão nossa quadrilha também é de qualidade rara”, destacou o quadrilheiro Hebert Silvestre. Este ano, o grupo completa dez anos de fundação com o tema: “O São João está no nosso DNA”. “A gente brinca do final do ano até o final do ano. A alegria do São João nunca se acaba”, destacou Hebert explicando o processo de organização da quadrilha que começa a próxima assim que termina a apresentação do ano. A junina Sacode Poeira anima o Bairro 13 de maio desde 1999 e este ano faz homenagem a

cantor e compositor pernambucano com o tema: ¨Cantos e Contos: a história de Dominguinhos¨. O fundador da quadrilha, Gilberto da Silva, explicou que os festejos juninos são herança de família. “É uma emoção muito grande fazer esse trabalho de brincar o São João. É importante participar, é uma coisa que vem de família, reunir tomo mundo para brincar o São João”, relatou Gilberto. A sanfona

Branca, do bairro Mangabeira I, foi vencedora no festival municipal de quadrilhas no primeiro ano que competiu, em 2006. Foi o que explicou o presidente da quadrilha, Wallason Pedro, ressaltando que neste ano a quadrilha também saiu vencedora do concurso com o tema: “A tarefa de viver é dura, mas é fascinante sob o sol do sertão”. “Resolvemos fazer uma homenagem a Luiz Gonzaga e este ano falar da força do povo sertanejo, da vontade de viver e da beleza desse povo”, ressaltou Wallason Pedro informando ainda que mais de cem pessoas se envolvem todo ano na apresentação, que tem bastante participação da comunidade de Mangabeira. Este ano homenageando o Santo Antônio casamenteiro, a 

Junina Nação Matuta ganha os tablados numa missão diferente das demais quadrilhas. Nascida a partir de uma comunidade católica, a junina trabalha com jovens carentes. “Nosso perfil é trabalhar com uma juventude mais carente e mais difícil. Temos que doar roupa, arranjo de cabelo e muitas vezes até alimentação”, afirmou Juvinete de Lourdes Silva, coordenadora da quadrilha. A comunidade católica que trabalha hoje com a quadrilha é administrada pela Igreja Nossa Senhora de Aparecida, do Valentina de Figueiredo. De acordo com Juvinete de Lourdes, a ideia de formar uma quadrilha começou com a sugestão do padre da paróquia para animar a igreja. Ela foi fundada em 2005, mas apenas em 2011 ela entrou para a Liga das Quadrilhas Juninas de João Pessoa.