Mal de Parkinson: vereadora quer que cirurgia seja feita sem necessidade de autorização

por Clarisse Oliveira — publicado 28/03/2017 21h00, última modificação 02/07/2019 15h59
Hospital Universitário realiza procedimento capaz de retardar e conter sintomas da doença, mas paciente precisa requerê-lo na Justiça

A vereadora Helena Holanda (PP) fez um apelo para que a cirurgia capaz de retardar e conter os sintomas do Mal de Parkinson, realizada no Hospital Universitário Lauro Wanderley (HU) através do Sistema Único de Saúde (SUS), seja autorizada sem a necessidade de ação na Justiça. A parlamentar foi a terceira a se pronunciar na tribuna da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), na sessão ordinária desta quarta-feira (29).

Helena Holanda explicou que o HU iniciou o atendimento ambulatorial para o tratamento da doença de Parkinson por meio do Centro Especializado em Especializado em Epilepsia e Neurocirurgia Funcional em 2006.

“Este é o único hospital a realizar a cirurgia capaz de retardar e conter os sintomas da doença. Porém, para que o SUS custeie e autorize a cirurgia, o parkinsoniano ainda precisa acionar a Justiça para ter direito ao procedimento. Temos que lutar para que o SUS faça sem precisarem entrar na Justiça”, declarou.

Helena Holanda no plenário da CMJP durante a sessão ordinária desta quarta-feira (29)

A parlamentar ainda chamou atenção para o Dia Nacional do Parkinsoniano, em 4 de abril, usado para alertar a sociedade sobre o Mal de Parkinson e demais doenças que afetam o sistema nervoso central. A vereadora destacou que a doença ainda não tem cura, apenas tratamento para retardar o progresso e amenizar seus sintomas.

“A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 1% da população acima de 65 anos possua a doença. No Brasil, essa porcentagem representa cerca de 400 afetadas”, informou a vereadora. “Esta é uma preocupação com a saúde em geral da população e, principalmente, com a do idoso. Vamos lutar para derrubar as barreiras encontradas e fazer com que o mundo de possibilidades esteja aberto a pessoas com deficiência”.