Médicos de JP tiveram salários reduzidos em 23%, afirma parlamentar
O vereador Bruno Farias (PPS) afirmou, nesta quinta-feira (7), que se encontrou com médicos do quadro do Município e a categoria demonstrou insatisfação com matérias do Executivo aprovadas recentemente e que tratam da remuneração salarial dos profissionais. Segundo o parlamentar, em seu pronunciamento na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), os médicos reclamam que, na prática, tiveram uma redução de 23% em seus salários atuais.
“Estou aqui para prestar minha solidariedade e reafirmar meu compromisso com os médicos da Capital, na defesa desses profissionais e dos serviços de saúde do Município. A categoria está indignada com a indiferença com que o Poder Público tem tratado seus pleitos”, comentou.
Bruno Farias explicou que, no dia 30 de março, foi votado um Projeto de Lei (PL) do Executivo permitindo a incorporação salarial, para fins de aposentadoria, da gratificação para os médicos da Capital até o limite de 70%. Na última segunda-feira (4), a CMJP aprovou outro texto da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) autorizando a incorporação de até 100% da Remuneração por Atividade Médica (RAM), de maneira gradativa conforme o tempo de serviço prestado.
“Como esses projetos podem ser bons se reduzem em 23% os vencimentos já percebidos? As medidas aprovadas corrigem apenas a questão previdenciária. Não foi levado em conta nem o princípio da irredutibilidade salarial da Constituição Federal”, reclamou o parlamentar.
Em apartes, os vereadores Pedro Alberto Coutinho (PHS), Sérgio da SAC (SD), Benilton Lucena (PSD), Luís Flávio (PSDB) e Marco Antônio (PPS) avaliaram que a maior importância da medida é que ela beneficia os profissionais a longo prazo.
“A proposta que foi aprovada, apesar de ter sido anteriormente discutida com o sindicato, não era mais considerada adequada pela categoria. Mas entendemos que o mais difícil é aumentar o salário base, os vencimentos, que foi o que o prefeito Luciano Cartaxo (PSD) fez. A curto prazo pode não agradar, mas daqui a alguns anos os médicos vão agradecer”, afirmou Luís Flávio.