Parlamentar condena quarentena para forças de segurança disputarem eleições
A imposição de uma quarentena para algumas categorias profissionais concorrerem às eleições, aprovada na última quarta-feira (15) na Câmara dos Deputados, causou indignação no vereador Tarcísio Jardim (Patriota). O parlamentar criticou duramente a emenda ao novo Código Eleitoral que prevê o afastamento do cargo, quatros anos antes da disputa eleitoral, para policiais civis, militares, federais, integrantes das Forças Armadas, magistrados e membros do Ministério Público.
“Eu não acredito que os nossos pares, políticos em Brasília, aprovaram a quarentena para todas as forças de segurança pública. Eles agora precisam se ausentar do cargo quatro anos antes do pleito, Ou seja, o Estado vai pagar o salário desses servidores quatro anos, sem eles trabalharem, para que eles possam pleitear um cargo público?”, indagou o vereador.
De acordo com Tarcísio Jardim, a medida é inconstitucional. “Você não pode restringir os direitos políticos de alguém por ocupar um cargo público. E, pasmem, a proposta ainda prevê que caso você ganhe a eleição e exerça o mandato, você ainda tem que obedecer oito anos fora da corporação depois de sair da legislatura. São doze anos sem trabalhar para você se candidatar”, criticou.
“Eu queria saber qual o medo de juiz, promotor e forças de segurança pública adentrarem na política. Eu não consigo entender. O que querem esconder? Não é possível que a gente pegue as forças de segurança pública, magistrados e Ministério Público e equipare aos fichas sujas”, condenou Tarcísio Jardim. “Querem cercear direitos constitucionais das forças de segurança pública do país inteiro. Já não basta a desmotivação diária da falta de amparo jurídico que as forças de segurança sofrem, agora querem tolher direitos políticos”, concluiu.