Parlamentar critica falta de diálogo da Prefeitura com categorias profissionais

por Assessoria do vereador (Dani Rabelo) Edição: Secom CMJP — publicado 04/04/2016 21h00, última modificação 09/07/2019 09h57
Fuba (PT) também avaliou que os projetos enviados pelo Executivo à CMJP traziam prejuízos para os profissionais do Município.

Professores, médicos, guardas municipais, engenheiros, agentes de saúde, agentes de endemias e outros profissionais da Saúde ocuparam, nos últimos dias, o plenário da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) para reivindicar direitos junto ao Executivo Municipal. O vereador Fuba (PT) criticou a falta de diálogo da atual Gestão Municipal e avaliou que os projetos enviados pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) ao Legislativo traziam prejuízos para as categorias.

Fuba esteve presente em todas as sessões que discutiram as matérias na Casa e conversou com representantes dos profissionais que teriam se sentido prejudicados com a postura adotada pelo prefeito Luciano Cartaxo (PSD). “A maior queixa das categorias é a falta de diálogo na gestão. Algumas mesas de diálogo foram até abertas, mas, ou não tiveram continuidade, ou foram encerradas sem nenhuma explicação. O resultado disso foi a apresentação de projetos com um conteúdo desconhecido para os profissionais diretamente atingidos, ou com colocações que trazem inúmeros prejuízos”, afirmou o petista.

O parlamentar também acrescentou que os projetos enviados pelo Executivo chegaram na CMJP praticamente no momento da votação, sem possibilitar que os vereadores tivessem acesso ao seu conteúdo. “Temos uma grande responsabilidade com a população, afinal, fomos eleitos através do voto direto. Como podemos fazer uma boa análise dos projetos encaminhados pela PMJP se isso é feito em cima da hora? Só tomamos conhecimento do conteúdo dentro do plenário, momentos antes da votação. Acredito que não é dessa forma que as coisas devem acontecer. Tanto as categorias envolvidas quanto os parlamentares devem ter tempo para avaliar os projetos, e, se for o caso, sugerir alterações que possam melhorar o seu conteúdo”, colocou o vereador. Como presidente da Comissão de Constituição, Justiça, Redação e Legislação Participativa (CMJP), ele se negou a dar o parecer oral sobre os projetos no momento das votações.

Fuba explicou que os engenheiros viram como defasado o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) aprovado, pois trazia como base uma tabela de salários de 2013. Segundo o parlamentar, algo semelhante aconteceu com a Guarda Municipal: “Como membro da bancada de oposição, tentamos colocar em votação emendas que revertessem os problemas detectados pelos engenheiros e pela Guarda Municipal, porém, não conseguimos o apoio necessário entre os outros colegas da Casa”.

Sobre os médicos, agentes de saúde e agentes de endemias, o vereador colocou que as três categorias só tiveram as suas reivindicações atendidas e só foram ouvidas pela PMJP após muitos protestos. “Esse não é o compromisso, a sensibilidade e a abertura que esperamos de um gestor ou de sua equipe. O diálogo deve ser permanente, verdadeiro e aberto, sem manobras nos bastidores”, criticou.

Fuba finalizou: “Sobre os professores, acredito que nem é preciso comentar nada. Estamos vendo diariamente o que a gestão está fazendo, e a proposta de 0% de 'aumento' é algo inacreditável. A greve é a forma que os professores têm de lutar por seus direitos, e sem diálogo não acredito que as coisas irão se resolver”.