Parlamentar defende reivindicações dos servidores da Guarda Municipal

por Damião Rodrigues — publicado 20/08/2019 13h30, última modificação 20/08/2019 13h32
Colaboradores: Foto: Olenildo Nascimento
Marcos Henriques (PT) conclamou a sociedade a comparecer ao Paço Municipal, em Água Fria, a partir das 7h30 desta quarta-feira (21), para fortalecer a luta da categoria

O líder da bancada de oposição na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), vereador Marcos Henriques (PT), usou a tribuna para defender o movimento de luta por melhores condições de trabalho dos servidores da Guarda Municipal (GM) de João Pessoa. Na sessão ordinária desta terça-feira (20), o parlamentar conclamou a sociedade a comparecer ao Paço Municipal, em Água Fria, a partir das 7h30 desta quarta-feira (21), para fortalecer a luta da categoria.

“Venho falar de algo lamentável. Nem nos governos mais sombrios do nosso país passamos por uma situação como a que estamos passando com a Prefeitura da nossa cidade. Enquanto a nossa Guada Municipal está em movimento de reivindicação por melhores condições de trabalho, o gestor da pasta chama o presidente do sindicato da categoria para dizer que sua liberação sindical está encerrada, e que ele precisa voltar a trabalhar”, revelou o vereador.

Marcos Henriques destacou que o direito ao afastamento do trabalho para participar do movimento sindical é uma garantia constitucional, necessária para fortalecer as lutas dos trabalhadores do país. Ele garantiu que o presidente do sindicato da GM, Zé Luis, está liberado pela Gestão Municipal há cinco anos para exercer a atividade, e questionou a convocação do líder sindical em um momento de negociação com a categoria. “Isso desnuda a face de uma gestão autoritária e de práticas antissociais, que quer penalizar o presidente do sindicato por fortalecer a luta da categoria por melhorias nas condições de trabalho. É uma gestão arrogante, que não quer dialogar e persegue o sindicato. Estamos voltando à época da ditadura”, avaliou.

De acordo com o parlamentar, os servidores da GM apresentaram para a Gestão Municipal uma pauta de reivindicações muito clara, cujos principais pontos são: aumento salarial, curso de formação, vale alimentação, reformulação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) e realização de concurso público.

“Os servidores da nossa Guarda têm os piores salários do Brasil. Na semana passada, fizemos uma assembleia da qual surgiu um indicativo para fazer paralisação amanhã (21). Chamo toda população para comparecer, a partir das 7h30, à frente do Paço Municipal para fortalecer esse movimento. Os servidores vão parar porque não conseguem trabalhar nas condições em que estão. Vamos ao Ministério Público contra esse desrespeito à classe trabalhadora”, afirmou. 

Apartes

Em apartes, os outros vereadores da bancada de oposição na CMJP dispensaram solidariedade ao presidente do sindicato dos servidores da GM. Sandra Marrocos (PSB) destacou que participou da formulação do PCCR da categoria e enfatizou a importância da mobilização dos trabalhadores em prol de melhorias nas condições de trabalho. O vereador Tibério Limeira (PSB) reforçou que o movimento sindical é um direito legal.

Leo Bezerra (PSB) afirmou que a cidade vive em meio a uma tempestade de cassação de direitos. “Em cada 10 palavras dessa gestão, nove são diálogo, mas que diálogo é esse? A gestão não dialogou com os carroceiros, nem com os ambulantes, nem com os servidores da saúde, nem com os agentes de saúde e endemias, e agora não quer dialogar com a Guarda Municipal. Esse prefeito dialoga com quem?”, questionou.

O vereador Bruno Farias (PPS) disse que a Prefeitura estava perpetrando uma violência contra uma categoria inteira, tão importante para a cidade. “A Guarda Municipal nos garante proteção aos equipamentos públicos e segurança para os cidadãos. Todos os servidores de nossa cidade terão voz com os vereadores da bancada de oposição desta Casa”, garantiu. 

Já o vereador da bancada de situação na Casa, João Almeida (Solidariedade), defendeu que o Executivo Municipal realiza uma gestão baseada no diálogo. Ele lembrou que houve uma reunião com os servidores da saúde e o gestor da pasta, Adalberto Fulgêncio, no início do mês, e que as negociações continuam.