Parlamentar homenageia cidadãos que perderam a vida para a violência

por Haryson Alves — publicado 25/11/2020 14h53, última modificação 25/11/2020 14h53
Colaboradores: Foto: Juliana Santos
Eliza Virgínia (Progressistas) cobrou mais visibilidade para esses casos, defendendo que todas as vidas importam

“Para mim, todas as vidas importam”, relatou a vereadora Eliza Virgínia (Progressistas), ao homenagear homens e mulheres pretos que faleceram vítimas da violência, durante pronunciamento na sessão ordinária desta quarta-feira (25), da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP). Segundo a parlamentar, “algumas pessoas acabam não recebendo os holofotes da mídia, de ‘militantes de Iphone’ e de justiceiros de movimentos sociais, quando não contribuem com seus discursos”.

Na oportunidade, a parlamentar citou casos de pessoas que combatiam a violência e foram vítimas fatais da criminalidade, como o do sargento da PM Luiz Paulo Costa Silva, o 'Negão do Bope', que teve seu carro alvejado a tiros de fuzil, em fevereiro deste ano, em Cabo Frio (RJ); e o da execução, em 2018, da PM Juliane dos Santos Duarte. Ela estava em momento de lazer e à paisana, na comunidade de Paraisópolis, Zona Sul de São Paulo, quando foi identificada como policial por criminosos. Quatro dias depois seu corpo foi encontrado com marcas de disparos nas virilhas e cabeça.

“A hipocrisia é grande demais. É como se alguns fossem indignos de estar nos holofotes. Há quem não diga um ‘ai’ quando pessoas de bem morrem por sua cor ou religião. Não querem saber se é homem, mulher, preto, branco, homo ou heterossexual. Se essas vítimas não contribuem com as narrativas de determinados grupos ideológicos, então elas não importam. Luiz Paulo subia nos morros atrás de bandidos, e nenhum ‘playboy’ ligado a movimentos sociais deixou de ingerir entorpecentes para boicotar os traficantes que tiraram sua vida. No caso de Juliane, alguém ouviu alguma voz de movimentos feministas falar em sororidade ou alguma palavra de movimentos LGBTQIA+ por ela ser lésbica?”, indagou Eliza Virgínia.

 

Haryson Alves