PLs nomeiam Terminal de Integração do Varadouro de Jackson do Pandeiro e dedicam ano de 2019 ao centenário do paraibano
Em 2019, comemora-se o centenário do paraibano Jackson do Pandeiro. E em função da importância da riqueza cultural e do legado que o cantor e compositor deixou, o vereador Tibério Limeira (PSB) apresentou dois Projetos de Lei (PLs), durante a sessão ordinária desta manhã de quinta-feira (22), na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), na intenção de valorizar ainda mais o “rei do ritmo”. Um deles torna o ano de 2019 na Capital o “Ano Cultural Jackson do Pandeiro” e o outro nomeia o Terminal de Integração do Varadouro como “Terminal de Integração Jackson do Pandeiro”.
“Protocolamos os dois PLs hoje e semana que vem eles devem ser lidos em plenário. Comemoraremos, ano que vem, o centenário de um dos mais destacados artistas e músicos brasileiros, reafirmando com o “Ano Cultural Jackson do Pandeiro” atividades e ações que possam compartilhar com todos os cidadãos, e nas escolas da rede pública municipal, a importância desse paraibano”, comentou um dos objetivos da proposta, Tibério Limeira.
Ainda de acordo com as justificativas do parlamentar aos PLs, além disso, Jackson do Pandeiro viveu no bairro do Varadouro, na rua Desembargador Trindade, conhecida como ‘Rua da Gameleira’. “Nada mais justo que realizar essa homenagem, nomeando o Terminal de Integração do Varadouro de Jackson do Pandeiro, já que se trata de um bairro pertencente ao nosso Centro Histórico, onde são efervescentes várias atividades culturais da Capital”, destacou o vereador.
Tibério Limeira lembrou que foi procurado, no início deste ano, pelo jornalista Fernando Moura, que com o colega Antônio Vicente, assina a biografia “Jackson do Pandeiro – o Rei do Ritmo”. O intuito foi reforçar a importância, para os paraibanos, em celebrar e divulgar o legado do ‘rei do forró’ numa data tão especial.
O rei do ritmo e do forró
O cantor, compositor e multi-instrumentista José Gomes Filho ou Jackson do Pandeiro nasceu em Alagoa Grande, em 31 de agosto de 1919 e faleceu em Brasília (DF), em 10 de julho de 1982. Mudou-se para Campina Grande aos 11 anos, onde viveu até os 35, e logo depois fixou residência em João Pessoa, em 1944.
Incorporou em seu leque musical maracatu, coco, ciranda, pastoril, xaxado, forró, samba, arrasta-pé, marcha, quadrilha e frevo, dentre outros ritmos e gêneros que influenciaram músicos, artistas e gerações, a exemplo de Gilberto Gil, Fernanda Abreu e João Bosco.
Em 1953, aos 35 anos, gravou seu primeiro sucesso, ‘Sebastiana’, de Rosil Cavalcanti, e em 1971, chegou ao seu último trabalho, ‘Isso é que é forró’, totalizando em sua discografia mais de 400 canções, em uma carreira na qual produziu 11 discos.