PMJP usou indevidamente Iphaep para justificar problemas nas obras da Lagoa, diz parlamentar
O vereador Fuba (PT) usou a tribuna da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), na manhã desta terça-feira (14), para destacar uma nota do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Estado da Paraíba (Iphaep). Segundo destacou o parlamentar, o órgão lamentou sua utilização, por parte da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), na justificativa sobre problemas nas obras de revitalização da Lagoa do Parque Solon de Lucena.
“O prefeito Luciano Cartaxo (PSD) reconheceu que a obra da Lagoa não está completa e ainda está dizendo que a culpa por algumas mudanças foi do Iphaep, que não permitiu que fossem construídos equipamentos que constavam no projeto original. O Iphaep lançou uma nota refutando as informações que a PMJP alegou para justificar essas frustrações. Segundo o órgão, um projeto com tais características nunca chegou lá”, explicou o petista.
Fuba acrescentou que as intervenções naquele espaço são muito importantes, mas não concordou com a maneira como elas foram feitas. Conforme enfatizou o parlamentar, foram mais de três anos para entrega da obra à população e ainda com vários equipamentos faltando.
“Não tem biblioteca, anfiteatro, quadras esportivas, trapiches para as pessoas usarem pedalinhos na Lagoa, pontos de ônibus climatizados, ou seja, é uma diferença gritante da maquete para o que foi realizado e inaugurado no último domingo (12). Aquele píer sem proteção é perigoso, pode acontecer uma tragédia”, disse o parlamentar oposicionista.
Em apartes, os vereadores Benilton Lucena (PSD) e Marco Antônio (PHS) rebateram as palavras do colega afirmando que foram problemas muito pontuais diante dos benefícios que a população terá ao dispor do equipamento reformado. “Se o Iphaep disse que não recebeu projeto, como ele poderia ser executado, se não existia? Havia projeto sim”, acrescentou Benilton Lucena.
Presidente do CCJ orienta membros sobre faltas nas reuniões
Ainda durante seu pronunciamento, o vereador Fuba, que é o atual presidente da Comissão de Constituição, Justiça, Redação e Legislação Participativa (CCJ) da Casa, relatou que estão acontecendo ausências nas reuniões e que elas não serão mais aceitas.
“Ontem, ficou acordado que nós vamos cumprir rigorosamente o Regimento Interno da Casa. Com três faltas consecutivas, o membro da CCJ será substituído. Se faltar cinco vezes alternadas, também será substituído. Gostaria de deixar essa determinação registrada nas atas desta Casa”, informou Fuba.
Em aparte, Pedro Alberto Coutinho (PHS) concordou com o posicionamento de Fuba: “Se os membros da CCJ não comparecem, os projetos vão se avolumando. Acho muito justo esse chamamento do feito à ordem”, disse.