Portal da CMJP colhe opiniões de comerciantes durante o Folia de Rua

por Paulo de Pádua — publicado 22/02/2017 21h00, última modificação 04/07/2019 10h31
Na passagem dos Blocos e em meio aos foliões, os comerciantes enfrentam a concorrência e varam, muitas vezes, até a madrugada para conseguir vender seus produtos.

É durante o Carnaval que várias pessoas aproveitam para aumentar sua renda e ganhar um dinheirinho extra para ajudar nas despesas de casa. No Folia de Rua não é diferente. Na passagem dos Blocos e em meio aos foliões, os comerciantes enfrentam a concorrência e varam, muitas vezes, até a madrugada para conseguir vender seus produtos. É um comércio que tem de tudo, como churrasquinho, cachorro-quente, batatinha e bebidas.

A reportagem do Portal da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) entrevistou alguns deles, espalhados pela Via Folia no desfile do Bloco Muriçocas do Miramar, para saber como é que estão as vendas, o lucro, e se realmente vale a pena tanto trabalho. O casal, Dona Anunciada e seu José Cláudio, há 15 anos vem para o Bloco com seu carrinho vender churrasquinho e bebidas. Eles alegaram que já houve anos melhores. “Dá para tirar um dinheiro extra. Mas este ano as vendas não estão muito boas”, comentou Anunciada que reside com o esposo no bairro do Cristo.

Para o comerciante José Carlos, esse foi o primeiro ano trabalhando no evento. “É o primeiro ano que eu venho. As vendas estão fracas. Mas como eu preciso vou ficar até o final”, informou Carlos que reside no bairro de Mangabeira. Já Geneide Martins, moradora do Colinas do Sul, afirmou que já perdeu as contas de quantas vezes veio vender bebidas e comidas no Bloco das Muriçocas. “Venho há vários anos. O dinheiro que eu tiro aqui ajuda nas despesas. Não tenho do que reclamar”, ressaltou.

A moradora do Jardim Veneza, Angélica Carvalho, falou que o lucro é pequeno e a concorrência é grande. “A gente ganha pouco, mas esse pouco ajuda nas despesas da casa. É muita gente aqui comercializando a mesma coisa”, esclareceu a comerciante. Dono de uma barraca maior e mais estruturada, o comerciante Marcos Roberto revelou que vende bem e o lucro é usado para comprar coisas de casa e ajudar no pagamento de dívidas. Ele trabalha com o avô, Luiz Rodrigues, que coloca na frente da barraca um enorme isopor cheio de latinhas de cervejas, refrigerantes e água mineral. “Eu trabalho como comerciante desde o primeiro desfile das Muriçocas há vários anos. Dá pra juntar um bom dinheiro. Não é muita coisa, mas ajuda”, afirmou Rodrigues.

Os comerciantes acreditam, entretanto, que eventos como esse dão a oportunidade para que as pessoas mais humildes possam trabalhar e ganhar um sustento a mais.