Projeto de Lei quer incentivar doação de cordão umbilical para fins de transplante de medula óssea
Doenças graves como leucemia, linfoma, anemia congênita e outras enfermidades do sistema sanguíneo e imune podem ser tratadas através do transplante de medula óssea. No entanto, a probabilidade de um paciente que precisa deste procedimento encontrar um doador compatível é de uma em cada 100 mil pessoas, em média.
Pensando em ampliar as chances de cura dessas pessoas, a vereadora Eliza Virgínia (PSDB) apresentou um Projeto de Lei na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) que visa a incentivar as parturientes atendidas no sistema público de saúde da Capital a recolherem o cordão umbilical para doar.
“O sangue do cordão é uma das fontes de células-tronco para o transplante de medula óssea, e este é o único uso deste material atualmente”, justificou Eliza. “No Brasil, mais de 90% dos cordões são descartados, e com eles se vão milhões de células-tronco capazes de gerar todos os tipos de tecidos e órgãos do corpo”, completou a parlamentar.
O projeto prevê que a Secretaria Municipal de Saúde seja responsável por criar um banco com os dados dos futuros doadores e enviar as informações para o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME) e para a Rede BrasilCord, que conta com 13 bancos públicos de sangue de cordão umbilical. A ideia é que a Secretaria também incentive a rede privada de saúde a adotar as mesmas medidas.
Eliza explicou que quando os pais de um bebê recém-nascido doam o sangue do cordão umbilical para um Banco Público, o material pode ser utilizado por qualquer paciente que necessite de um doador para realizar o transplante. “Não vale a pena jogar ou guardar algo que poderia ajudar outras pessoas. Doar é um ato de amor”, reforçou.
Doação voluntária de medula óssea
De acordo com dados do REDOME, atualmente existem 4,3 milhões de doadores voluntários de medula óssea cadastrados no Brasil e aproximadamente 850 pacientes em busca de doador não aparentado. A Paraíba possui quase 62 mil doadores cadastrados e 175 pacientes buscando doador compatível. Para se cadastrar, o doador precisa ter entre 18 e 55 anos, gozar de boa saúde e procurar o Hemocentro/PB.