Rede Intelicidades: novo ciclo debate tecnologia e sustentabilidade

por Clarisse Oliveira — publicado 27/09/2018 21h00, última modificação 02/07/2019 11h52
Evento realizado pela Câmara de João Pessoa e universidades debateu, nesta sexta (28), o uso de energias renováveis para melhorar a qualidade de vida da população

As práticas do uso de energia solar foram debatidas no II Ciclo de Palestras da Rede Intelicidades, projeto iniciado na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), por meio da Escola do Legislativo, envolvendo universidade públicas e privadas para discutir desafios e soluções para uma cidade inteligente. O evento aconteceu na manhã desta sexta-feira (28), no Centro de Tecnologia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

O diretor da escola do legislativo, Rômulo Santana, representou o legislativo pessoense e a Escola da Casa no ciclo. A mesa dos trabalhos foi composta pelo Vice-Diretor do Centro de Energias renováveis da UFPB, Euler Macêdo; pelo Diretor de Controle Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Seman), Anderson Fontes; professor do Centro de Energias Alternativas da UFPB, Kleber Oliveira; e o professor do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), Walmeran Trindade.

“Hoje estamos trabalhando em energias renováveis, com foco em energia solar. Acredito que esse projeto é importante para poder levar às instituições de ensino essas discussões, que são essenciais para melhorar a qualidade de vida da população. Os debates também levam ao conhecimento do Poder Público que existem pesquisadores, profissionais dentro dessas universidades que trabalham esses temas e podem contribuir efetivamente com a melhora de políticas públicas”, afirmou Rômulo Santana.

O diretor da Escola do Legislativo da CMJP ressaltou ainda que o Rede Intelicidades surgiu na Câmara com o foco no conceito de cidades inteligentes e dialogando com diversas universidades de João Pessoa. Ele citou ainda o primeiro ciclo de palestras realizado no último dia seis, na Faculdade Maurício de Nassau como tema Mobilidade Urbana, que gerou o projeto Parada Inteligente.

“A Rede já está dando frutos. Um dos nossos projetos, desenvolvido em conjunto com o professor da UFPB Marcelo Gois, é a parada inteligente, projeto que traz melhor acessibilidade, já teve a simpatia da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob) e está sendo levado para as empresas de transporte público coletivo para que, ainda este ano, seja implantado o primeiro projeto piloto”, afirmou Rômulo Santana lembrando que as ideias continuam surgindo em favor de melhorias de políticas públicas na Capital.

O vice-diretor do Centro de Energias Renováveis da UFPB, professor Euler Macêdo, destacou a importância da integração entre setores públicos e privados, com o intermédio dos poderes legislativo e executivo, para fazer com que as tecnologias desenvolvidas nas universidades sejam aplicadas. Ele destacou ainda a importância da CMJP no processo. “Quando o Poder Legislativo traz as demandas da sociedade, nós conseguimos direcionar as nossas pesquisas e fazer com que elas sejam aplicadas na prática”, explicou.

Euler Macêdo ainda afirmou que as tecnologias já estão sendo desenvolvidas buscando a aplicabilidade no semiárido paraibano. “Como exemplo, temos o bombeamento da irrigação na agricultura familiar usando energia solar em comunidades de baixa renda, possibilitando a redução do insumo e energia na produção familiar”, declarou o professor lembrando que essa mesma tecnologia está sendo pensada para ser aplicada em hortas de escolas públicas.

O Diretor de Controle Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Anderson Fontes, destacou o empenho da Gestão em apoiar projetos sustentáveis. “Seguimos a linha de incentivar o empreendedor que queira construir uma edificação e usar energia solar, por meio de um licenciamento de forma simplificada. O entendimento da Seman é dizer que essa ideia está no caminho certo da economia sustentável, do movimento social e ambiental correto de acordo com determinações da Organização das Nações Unidas (ONU)”, frisou.

A estudante de engenharia ambiental, Sâmia de Almeida, ressaltou a importância do tema e da participação da população nesses debates. “A gente precisa pensar em novas tecnologias para promover a qualidade de vida e saúde da população, como reduzir a poluição do ar por exemplo. É importante que a população também participe, pois, sem esse conhecimento, ela não vai saber que existem opções para melhorar sua qualidade de vida e saúde”, afirmou a estudante que pensa em fazer mestrado em saúde ambiental e urbanização.

Esse foi o segundo ciclo de palestras desenvolvido pela Rede Intelicidades. O próximo ciclo está marcado para o dia 28 de outubro, pela manhã, no IFPB.