Representantes do comércio pedem investimentos no Centro da cidade
A audiência pública realizada pela Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), nesta quinta-feira (2), para debater a Lei Orçamentária Anual (LOA) para o exercício financeiro de 2022 contou com a participação de representantes do comércio. Entre outras reivindicações, o segmento solicitou que a Gestão Municipal atue para movimentar o Centro da cidade.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Nivaldo Vilar, destacou que o setor vive um momento muito difícil devido às consequências da pandemia de Covid-19. “Estou há 43 anos no Centro e posso afirmar que, ano a ano, estamos perdendo clientes. Hoje, temos mais de 200 lojas fechadas na área”, lamentou. Nivaldo Vilar apelou para que os parlamentares destinem emendas impositivas para ações de mobilidade, segurança e revitalização da região para que os consumidores voltem a frequentar.
A presidente da Associação Comercial da Paraíba, Melca Farias, também solicitou uma atenção especial com o Centro Histórico e parabenizou a Prefeitura por algumas ações que já vêm sendo empreendidas, como a entrega da nova sede Sine-JP e o programa de microcrédito ‘Eu Posso’. “Ouso dizer que vamos sair mais preparados dessa situação pandêmica. O futuro será muito melhor para nossa cidade com a união desses três poderes (Legislativo, Executivo e setor produtivo)”, elogiou Melca Farias.
O relator da LOA 2022, vereador Carlão (Patriota), ressaltou a necessidade de que sejam construídos estacionamentos no Centro da cidade. “Existe um jargão americano que diz: sem estacionamento, sem dinheiro. Se não há estacionamento, as pessoas não têm como parar para comprar. Esse é um desafio que precisamos encarar: como vamos conseguir colocar um estacionamento dentro do Centro Histórico, com tantas áreas tombadas”, apontou o relator.
Respondendo a questionamentos sobre investimentos no Centro Histórico da Capital, o secretário municipal de planejamento, José William Montenegro Leal, enfatizou que a Gestão tem um olhar especial com a área. “Estivemos com a Procuradoria da República tentando acelerar a questão do Porto do Capim e Sanhauá”, informou. O secretário também destacou que as pessoas serão realocadas para uma área muito próxima, e que uma das intenções dessas ações é dar vida ao Centro Histórico e condições ao comércio para continuar existindo no local.
José William ainda informou que pretende utilizar fábricas antigas e o antigo Colégio Nossa Senhora das Neves como áreas de ciência e tecnologia da Capital. “Tenho certeza que vamos devolver ao Centro Histórico a importância que ele tem e que ele merece. A Prefeitura tem ações e está agindo fortemente ali”, garantiu. Ele ainda acrescentou que já há projeto de recuperação da Praça Antenor Navarro.