Secretária assegura que João Pessoa terá escola pública bilíngue em 2018

por Clarisse Oliveira — publicado 16/05/2017 21h00, última modificação 15/07/2019 10h19
Esta foi uma das metas que a secretária de Educação do Município, Edilma da Costa Freire, apresentou na audiência pública de discussão da LDO para o próximo ano

A abertura e funcionamento da primeira escola pública bilíngue da Capital é uma das metas da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Sedec) da Capital para 2018, apresentadas na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) durante a audiência pública desta quarta-feira (17) para a discussão da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do próximo ano.

De acordo com a secretária de Educação, Edilma da Costa Freire, a escola bilíngue será localizada no bairro Alto do Mateus e está prevista para ser inaugurada no começo do ano letivo de 2018. “É um projeto inovador, ousado e muito esperado pelo nosso alunado. Tornar o ensino bilíngue não é algo que se constrói de uma hora para outra, temos um processo de acompanhamento complexo, que passa ainda pelo consulado americano e qualificação de professores”, explicou.

Ela ainda salientou que esta será a primeira escola pública bilíngue do Nordeste aprovada pelo Consulado Americano, seguindo todas as formalidades necessárias para que o aluno termine o ensino com reconhecimento americano.

 

 

Para a representante da pasta, o mais importante a se destacar é a manutenção do trabalho já realizado pela secretaria. “Temos que manter a política de educação forte e humana que trouxe o diferencial que somos hoje: um serviço público de qualidade. Vamos garantir os avanços que a educação tem conquistado, mantendo as 97 escolas e os 86 Centros de Referência em Educação Infantil, além de abrir mais três escolas em tempo integral”, garantiu a secretária.

Horas nas escolas e diário de classe digital

A ampliação de um projeto piloto que desenvolve hortas nas escolas e creches do Município também é uma meta para 2018. “Esperamos que em 2018, 100% de nossas unidades de ensino sejam contempladas com o projeto de hortas nas escolas, que tem a horta como um incentivo à alimentação e à cidadania”, afirmou.

A secretária ainda ressaltou que vai implantar a presença dos alunos e diários de classe de forma digital; o suporte para alunos e familiares lidarem com as redes sociais; ampliação do projeto de bibliotecas itinerantes nas comunidades; produção e publicação de material específico de educação infantil; ampliação da política de educação inclusiva, com transporte acessível, sala de recursos e cuidadores; e a retomada dos jogos escolares em 2018.

Questionamentos

 

Quando questionada pela vereadora Sandra Marrocos (PSB) e pelo vereador Marcos Henriques (PT) sobre o número de escolas em tempo integral da Capital, Edilma Freire respondeu que o Município conta com 21 unidades escolares que trabalham um turno e um contraturno.

“Em 2013, tínhamos apenas 5% de escolas em tempo integral. Nossa meta é chegar a 25%. Se a escola não foi construída para funcionar em tempo integral, ela precisa passar por uma adaptação estrutural. Depois, temos que fazer o acompanhamento do contraturno. Um turno temos o ensino regular e no outro, aulas de reforço, de robótica, xadrez, cultura e lazer”, explicou.

O vereador Thiago Lucena (PMN) questionou como anda a expansão do ensino da robótica na rede municipal de ensino. “Hoje, 100% das escolas municipais têm equipamentos e um ou dois profissionais qualificados em robótica. Equipes do Ministério da Educação e Cultura (MEC) tem visitado nossas escolas, tentando entender qual a robótica que tem elevado e tornado João Pessoa referência no segmento”, respondeu.

Já a vereadora Helena Holanda (PP) perguntou sobre a acessibilidade nas escolas municipais. A secretária explicou que todas as escolas que estão sendo construídas já atendem o disposto pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) sobre acessibilidade e as demais estão passando por um processo de readaptação para que acolha todos os alunos com deficiência da rede municipal de ensino.