Secretaria de Saúde do Município elege atenção básica como prioridade para 2018
“A grande preocupação da Gestão Municipal é a atenção básica”. Foi o que garantiu a representante da Secretaria de Saúde do Município, Janiza Costa, na audiência pública realizada nesta quarta-feira (17), na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), para debater a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2018. A construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) nos Bancários também foi destacada pela gestora como prioridade.
Janiza Costa, que é gerente da Célula Orçamentária de Programação da Saúde (COPS), assegurou que a humanização do atendimento ao usuário dos serviços de Atenção Básica e a valorização dos servidores são prioridades para o próximo ano. “Para haver uma melhoria no atendimento, a Prefeitura já designou gerentes para as Unidades de Saúde da Família, e esse trabalho vai continuar em 2018”, informou.
“Outro destaque é a estruturação das farmácias polos, com a presença de um farmacêutico todo o tempo em que o local estiver aberto. O objetivo é garantir um atendimento melhor, mais técnico, para os usuários do SUS que precisam de medicação”, citou a gerente.
De acordo com Janiza, o pagamento da folha de pessoal, a manutenção dos serviços que já existem e a realização de reformas em hospitais e unidades de saúde são compromissos assumidos pela atual gestão. Em relação aos investimentos, a gerente destacou a construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no bairros Bancários e, possivelmente, outra no Geisel.
O projeto da LDO 2018 ainda prevê como metas a ampliação dos leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) neonatais, pediátricas e adultas; a construção de uma policlínica no Bairro das Indústrias e de unidade básicas de saúde nos distritos sanitários; e a implantação de um Centro de Referência de Segurança Alimentar e Nutricional; entre outras. De acordo com Janiza, o projeto prevê 79 ações na área de saúde para o próximo ano.
Desvinculação
Janiza da Costa explicou que, para definir as diretrizes de saúde do município, são levados em conta dois aspectos: as demandas dos usuários e o financiamento do SUS, que é dividido em seis blocos – atenção básica; média e alta complexidade; vigilância em saúde; assistência farmacêutica; gestão do SUS; investimentos. Ela ainda informou que essa divisão de financiamento está mudando. “A proposta é que os investimentos sejam divididos apenas em custeio e investimentos”, e alertou que, com a mudança, a sociedade precisa estar ainda mais atenta à gestão dos recursos da área.
O vereador Tibério Limeira (PSB) demonstrou preocupação com a possível desvinculação de recursos na área de saúde, que está sendo discutida em âmbito nacional. “Temos que ter muito cuidado com essa desvinculação, porque geralmente a atenção básica não salta aos olhos das pessoas e, quando os gestores querem votos, eles tendem a investir mais na construção de hospitais. No entanto, sabemos que os investimentos na atenção básica reduzem as demandas na alta e média complexidade. No meu ponto de vista desvincular é, na verdade, fragilizar os investimentos que a atenção básica já tem. É fundamental que a sociedade tome pra si esse debate”, alertou o parlamentar.