Segurança Pública gera novo debate na Câmara de João Pessoa
O dois primeiros oradores da sessão ordinária desta quarta-feira (18), na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), vereadores Damásio Franca (PP) e Lucas de Brito (PSL/Livres) concentraram seus discursos num apelo por mais segurança. Damásio lamentou a decisão que levou o colégio particular Viva Vida, no Bairro dos Estados, a anunciar que vai fechar as portas em 2018. É que no mês passado, o segurança do colégio Fábio Alves de Lima, de 38 anos, morreu após ser baleado por assaltantes, quando tentava impedir que a mãe de uma aluna fosse roubada. Por sua vez, Lucas de Brito criticou o baixo efetivo policial paraibano, a desvalorização salarial da corporação e a desmotivação como principais problemas prejudiciais à Segurança Pública.
“A escola já atuava há 22 anos na Capital e, em nota, comunicaram a decisão de não renovar as matrículas para 2018 por motivos de segurança. Nossa cidade era reconhecida como pacata e tranquila, no entanto, hoje é a quarta Capital mais violenta do Brasil. Cobro mais atenção das autoridades, novamente, a respeito do mesmo assunto”, enfatizou Damásio Franca.
Aproveitando o ensejo, Tibério Limeira (PSB) comentou que o assunto segurança pública deve reunir vereadores, deputados estaduais e federais para que todos possam cobrar uma ‘ideia nacional de segurança’ e que o mecanismo judicial atrelado ao assunto deve ser revisto. “Temos o caso de um meliante que foi preso 30 vezes e por mais 30 foi solto nas audiências de custódia. É fundamental fazermos esse debate de maneira sintonizada e unificada”.
“Podemos dizer que estamos chegando ao fundo do poço. Para discutir com seriedade a segurança, em vez de disfarçar responsabilidades ou encobri-las, precisamos enfrentar as reais questões da área. Nosso efetivo policial está deficitário, pois só temos 8 mil profissionais na Paraíba, enquanto que a população aumenta. O policial ainda é desmotivado por perder gratificações de produtividade e desempenho”, contou Lucas de Brito.
Segundo o parlamentar, é injusto um policial se aposentar e passar a receber menos da metade de seu vencimento na ativa. “Isso é um reflexo da má gestão da Segurança na Paraíba: além de desemprego, desvalorização e baixo efetivo”, declarou Lucas de Brito.