Série de entrevistas com quadrilhas juninas na TV Câmara JP continua nesta terça-feira (20)

por Clarisse Oliveira — publicado 19/06/2017 21h00, última modificação 08/07/2019 09h23
Maria Cangaceira, Riacho Fundo e Flor de Mandacaru foram algumas das Juninas que concederam entrevistas contando suas histórias

Mais seis quadrilhas tiveram a oportunidade de contar a sua história, origens e temas na série de entrevistas promovida pela TV da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) que tiveram continuidade nesta terça-feira (20). As gravações começaram nesta segunda-feira (19), vai até esta quarta-feira (21) e pretende conversar com mais de 30 representantes de Juninas da Grande João Pessoa. Programas podem ser vistos ao longo da programação da TV Câmara, pelo canal aberto 52, ou pela Net, canal 23. Também podem ser acessados pelo canal da CMJP no Youtube. Para homenagear a mulher

 

nordestina, foi que em 2013 nasceu a Junina Maria Cangaceira. Composta por 38 brincantes, o grupo de Mangabeira IV consegue se manter com a realização de rifas e bingos no bairro. Joseilson de Souza é um dos fundadores da quadrilha, que este ano se apresenta com o tema: “Na seca o florescer, a união vai nascer”. Joseilson de Souza explicou como é se apresentar todos os anos pela Junina Maria Cangaceira. “É um sentimento de muito orgulho e prazer. Não há vitória sem sacrifício. É uma questão de amor, de correr nas veias o sangue de quadrilheiro”, destacou. Reacendendo a cultura junina do Reacendendo a cultura junina do 

 

bairro da Torre, a Riacho Fundo voltou a se apresentar este ano depois de tempo adormecida. Foi o que afirmou o fundador da quadrilha, Beto Costa. “Vimos que nosso bairro estava sem representação junina e resolvemos resgatar a quadrilha Riacho Fundo. Temos que manter a tradição”, ressaltou. Beto Costa destacou que o grupo tem apresentações marcadas no Lar da Providência. “Pra nós, essa apresentação é uma coisa bacana, pois foram eles que deixaram esse legado para nós”, enfatizou o fundador. Ressaltar a cultura da Paraíba é a missão da Junina Flor de Lírio, que este ano tem como

 

tema: “Nas emboladas juninas, tudo vira poesia”. Gézica Carvalho é uma das coordenadoras do grupo que foi fundada em 2009, no bairro Valentina de Figueiredo, e que começou como uma brincadeira. “Em 2007 começamos a brincar São João e nos encantamos pela vida que as quadrilhas traziam, mas apenas em 2009 resolvemos levar um espetáculo para o público”, contou Gézica. De acordo com ela, a Junina Flor de Lírio movimenta o bairro inteiro. “Nossa quadrilha tem 20 casais, 42 componentes e 80 pessoas trabalhando para que tudo saia perfeito. Começamos as apresentações no próprio bairro, a junina representa o bairro. Tanto pessoas jovens quanto pessoas mais velhas se encantam com nosso trabalho e perguntam como podem participar e, assim, acolhemos todas”, relatou Gezica Carvalho. A 

 

 

cidade de Cabedelo é representada pela Junina Viana, que este ano traz o tema “Trupe Mambembe”. De acordo com a fundadora do grupo, Socorro Viana, a junina começou pequena em 1995, com as crianças da família, foi crescendo e hoje que tem cerca de 60 componentes. Sobre o tema deste ano, Socorro Viana afirmou que é uma homenagem a artistas que viajam para se apresentar. “Queremos valorizar os artistas que não são conhecidos e levam espetáculos pelos interiores às pessoas não conhecem cultura”. Inspirada em personagem da telenovela brasileira “O Bem-Amado”, escrita por Dias 

 

Gomes, a Junina Sucupira levou ao bairro Padre Zé as tradições das quadrilhas desde 1979. Segundo o diretor-presidente do grupo, Marcos Antônio da Silva, a emoção de dançar é o que mantém a tradição junina. “São 38 dançarinos, que formam 16 pares e o casal de noivinhos. Sem falar na equipe de apoio, que é fundamental para toda quadrilha, pessoas que ajudam na montagem do cenário e figurino. O sentimento de dançar é muito gratificante. Quando a gente vê o trabalho concluído, é uma satisfação enorme. É uma forma de mostrar pro público que estamos continuando uma tradição mantida há décadas”, explicou Marcos Antônio. Desde 2009, a Junina Flor de Mandacaru leva o nome do bairro 

 

 

para aflorar as tradições e festividades comuns do mês de junho. Composta em sua maioria por adolescentes, grupo é composto por 80 brincantes e envolve mais 110 pessoas na produção, incluindo músicos e coreógrafos. O fundador da Flor de Mandacaru, Ricardo Félix, revelou o tema abordado este ano e como é o processo de criação para a formação de um tema. “Queremos sempre trazer felicidade para o povo. Foi por isso que nosso tema este ano é 'O que te faz feliz?'. Nossa diretoria é composta por dez pessoas, cada uma defende uma sugestão de tema e votamos na melhor. Daí escolhemos as músicas e as coreografias. Esse processo já começa em outubro para a apresentação do próximo ano”, informou.