Situação e oposição voltam a debater Trauminha de Mangabeira
Vereadores das bancadas de situação e oposição voltaram a debater sobre os serviços prestados no Complexo Hospital de Magabeira (Trauminha), durante a sessão ordinária da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) desta quinta-feira (30). Opositores questionaram “super salário” do diretor clínico da instituição e situacionistas justificaram os pagamentos.
“Os 57 traumatologistas que atuam no Trauminha cinco dias por semana recebem em média de R$ 3,5 a R$ 5 mil. O diretor clínico do hospital, que dá expediente três dias por semana, recebe R$ 35 mil. Em respeito aos profissionais, precisamos, no mínimo, investigar essa discrepância”, apontou o líder da oposição, Bruno Farias (PPS).
Bruno ainda afirmou que a Prefeitura de João Pessoa (PMJP) empenhou valores que giram em torno de R$ 9 milhões para a empresa Fixano Comércio de Implantes Ortopédicos Ltda., em 2015. “Essa empresa possui como sócio administrador o senhor Marcos Augusto Cordeiro dos Santos, mesmo sobrenome do diretor Jorge Augusto Cordeiro dos Santos. Essas semelhanças merecem apuração”.
O líder da situação, vereador Milanez Neto (PTB), esclareceu que o salário do médico e diretor clínico do Trauminha, Jorge Augusto, é resultado do acúmulo de representação do cargo, horas extras, plantões e produtividade. “Os salários pagos aos profissionais são resultado do esforço da administração para acabar com a tão propalada 'fila do osso'. Sabemos que a área de saúde não está perfeita, mas precisamos reconhecer os avanços”, defendeu.
Sobre o contrato firmado com a empresa Fixano, Milanez Neto explicou que a contratação foi feita através de licitação pública, ainda durante a gestão do então prefeito Ricardo Coutinho (PSB), e encerrada em 2015 porque a mesma não venceu o novo processo licitatório. “Essa mesma empresa presta serviço para o governo do estado, acredito que de forma idônea”, destacou.
Os vereadores de oposição não se convenceram com as justificativas apresentadas e pediram que Milanez Neto apresente documentos que comprovem o mérito do salário recebido pelo diretor clínico, além de cumprimento de carga horária de servidor comissionado. Eles ainda sugeriram a implantação de uma 'CPI do Osso' para investigar as supostas irregularidades.