Socialista elogia iniciativa do Governo do Estado em barrar Escola sem Partido

por Paulo de Pádua — publicado 05/12/2018 22h00, última modificação 30/06/2019 13h53
Em pronunciamento na Câmara de JP nesta quinta (6), Sandra Marrocos (PSB) também criticou atitude de Bolsonaro em fundir ministérios

A vereadora Sandra Marrocos (PSB) elogiou, durante seu pronunciamento na tribuna da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), a atitude do governador Ricardo Coutinho (PSB) em encaminhar para apreciação da Assembleia Legislativa do Estado, o Projeto de Lei que barra a proposta de Escola sem Partido. “Companheiro Ricardo Coutinho, governador do Estado, gratidão por sua existência”, declarou a socialista, ao iniciar sua fala na sessão ordinária desta quinta-feira (6).

Sandra entende que o Projeto de Lei, encaminhado por Ricardo, garante a liberdade de cátedra, dos professores e professoras desse estado. “O ensino do Estado da Paraíba será com criticidade. A história, a sociologia, a filosofia, a ciências das religiões serão ensinadas, sim. Elas serão garantidas, sim. Nenhum professor, nenhuma professora, desse Estado, serão perseguidas. Por fazerem algo que são suas tarefas”, comentou.

A parlamentar não entende como é que uma pessoa, que assume o espaço de ser educador e educadora, não possa ter liberdade de expressão. “Eu nunca vi coisa tão insana, em toda minha vida do que perseguir algo que, para mim, e eu tenho certeza que para cada um de vocês, é sagrado que são as nossas professoras”, lamentou Marrocos, acrescentando que a pessoa não pode negar a história desse País, o nazismo e que todo um povo judeu foi praticamente exterminado devido ao ódio e xenofobia.

Na ocasião, ela lembrou da Lei Marielle Franco, de sua autoria apresentada na Casa, que determina que as escolas do município de João Pessoa deverão ensinar noções básicas da Lei Maria da Penha. “Um ferramenta de enfrentamento a violência contra a mulher. Uma ferramenta que vai criar, meninos e meninas, ai eu tô falando de gênero e não identidade de gênero, entendendo que nossos corpos são diferentes, que a nossa força física é diferente, mas que nós temos que construir uma cultura de igualdade de oportunidades da não violência contra a mulher, dos mesmos salários para os mesmos desempenhos e funções, seja homem seja mulher”, explicou.

Sandra Marrocos disse que esse projeto do Governo do Estado dialoga com seu projeto Escola Livre, que foi considerado inconstitucional.

A proposta do Governo de Ricardo veda, entre outras questões, no ambiente escolar, atos atentatórios aos direitos fundamentais, como discriminatório e preconceituosa, cerceamento de opiniões mediante violência ou ameaça.

Críticas a Bolsonaro

Por fim, Sandra voltou a criticar a atitude do futuro presidente da República, Jair Bolsonaro, em querer fazer a fusão do Ministério da Agricultura com o Meio Ambiente e até com a Funai (Fundação Nacional do Índio).