Trabalhadores da Saúde entregam pauta de reivindicações à Câmara de João Pessoa
Enfermeiros, psicólogos, odontólogos e fisioterapeutas estiveram presentes nas galerias da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) para entregar uma pauta reivindicações de categorias da área de Saúde aos vereadores da Capital, na manhã desta quarta-feira (27). Dentre as demandas, destacam-se reajuste e equiparação salarial e pagamento de adicionais e gratificações.
O líder da bancada de oposição, vereador Marcos Henriques (PT), afirmou que os trabalhadores querem abrir o diálogo com a Prefeitura da Capital e procuraram a Câmara para intermediação. “No que depender da CMJP, vamos fazer um bom debate, nos empenhando para que essa pauta seja levada às mãos do prefeito da Capital, a fim de que ele acolha esses trabalhadores que vieram de maneira pacífica e ordeira dizer que querem respeito”, afirmou o oposicionista.
Marcos Henriques ressaltou que vai propor uma audiência pública para discutir o assunto. “Vamos promover um debate para que a gestão tome conhecimento sobre o que passam os servidores da Saúde. Para se oferecer saúde de qualidade, primeiro tem que se valorizar o trabalhador. Se não valorizar o trabalhador, nada funciona. A CMJP tem demonstrado ser um canal importante de intermediação para todas as categorias”, destacou o vereador.
O líder da bancada de situação, vereador Milanez Neto (PTB), adiantou que a situação econômica não é favorável, mas que vai fazer o possível para avançar nas reivindicações. “Já tivemos debates com outras categorias, como dos agentes de saúde, e avançamos. A situação do país não é tão confortável assim, mas a gente pode avançar e ver algumas discrepâncias presentes nas reivindicações que realmente têm um poder de convencimento muito forte. Vamos dialogar com a Secretaria de Saúde, de Administração e com o prefeito para encontrarmos juntos uma solução”, garantiu.
Reivindicações
Segundo a representante do Sindicato dos Enfermeiros do Estado da Paraíba (Sindep), Milca Rêgo, a pauta de reivindicações dos trabalhadores está baseada no Estatuto do Servidor e no Plano de Cargos, Carreira e Remunerações (PCCR), com pedidos como recebimento de gratificações, pagamento de férias em cima do salário bruto, cumprimento e correção de distorções do PCCR, além de reajuste e equiparação salarial. “Cada concurso que a Prefeitura realiza traz um salário diferente, ou seja, o mesmo empregador pagando salários diferentes para a mesma categoria exercendo a mesma função. Isso não pode”, exemplificou.
Milca Rêgo afirmou ainda que espera uma solução, mesmo que seja a médio prazo. “Espero que, com a realização da audiência pública, a gestão possa nos dar uma posição. Se é possível e quando é possível. Sabemos que as nossas reivindicações não serão atendidas de imediato, mas a gente aceita que seja com um prazo, mas que seja realmente cumprido”, afirmou.