TV Câmara entrevista vereadoras de JP em programa Especial do Dia das Mães
As vereadoras da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) receberam a TV Câmara JP em suas residências para um programa dedicado ao Dia das Mães. O especial será exibido pela emissora, neste sábado (11), às 10h, 14h e 20h, e domingo (12), às 10h, 14h30 e 17h, nos canais 23 (Net) e 39.1 (sinal digital). Em quatro blocos, os espectadores poderão conferir mais de perto as parlamentares Eliza Virgínia e Helena Holanda, ambas do PP, Raíssa Lacerda (PSD) e Sandra Marrocos (PSB), conversando a respeito da maternidade, criação dos filhos, sua atuação dentro e fora de casa, entre outros assuntos.
Morando com dois filhos, uma filha e animais de estimação, Sandra Marrocos confessou que, como toda família, na dela também há desencontros. “Continuo sendo a senhora de minhas vontades no meu lar, mas com muito mais leveza. O que trago de minha mãe, Jandira Marrocos, para minha vida, a convivência familiar e a educação de meus filhos, é a força e a felicidade. Sou leve e firme quando tenho que ser. Ensino aos meus filhos sobre o respeito e a noção dos limites para com o outro. Outra questão que vem dela é o gostar de gente, de cozinhar e reunir todos em torno da refeição como um ato de felicidade”, relatou a vereadora.
Ao falar de sua maior preocupação enquanto mãe, Sandra Marrocos evidenciou: “que meus filhos encontrem felicidade. Toda vez que um deles tem um desafio, o coração vai junto”. A parlamentar afirmou que prefere orientar a ditar que os filhos sigam tal direção. O bate-papo com a vereadora ainda tratou de feminismo, parto humanizado, violência obstétrica, direitos previdenciários, dentre outros. “Todos os dias temos que garantir a cidadania das mulheres e das mães. Quando uma mãe é violentada, toda a família também o é. Feliz Dia das Mães, para todas e todos. Vamos celebrar e nos fortalecer”, desejou Sandra Marrocos no especial da TV Câmara.
A vereadora Eliza Virgínia, na vida pública, se define como mulher, dona de casa, mãe conservadora e de família. “Aqui em casa é a mesma coisa. Não mudo em nada. A gente tem de ser dentro de casa o que é fora, na igreja e no trabalho. Em qualquer lugar que esteja, você tem que defender os mesmos princípios e cobrar do mesmo jeito”, ressaltou a vereadora. Ao comentar sobre sua experiência como mãe, a parlamentar enfatizou: “grávida virei uma leoa, na verdade me vi uma onça, a gente fica mais forte. Alguma coisa mudou na questão da proteção: o filho é meu e não toque não. A questão da doutrinação das escolas é muito debatida e aprendemos muito com eles, que são muito antenados. Graças a Deus, eles estão seguindo os passos e as orientações da gente sem ‘forçação’ de barra”.
Sobre sua relação com a mãe e os ensinamentos recebidos, a vereadora destacou que herdou a disciplina e o respeito ao próximo. “O que de mais forte recebi da minha mãe e passo para meus filhos foi a doutrina cristã. Isso a gente não abre mão. Criei eles dentro da igreja, na escola dominical, desde pequeninos, aprendendo as histórias da Bíblia, aprendendo a amar, a respeitar e a dar carinho. Aprendendo a amar a Deus acima de todas as coisas”, explicou. Ela ainda disse que herdou da mãe a liderança e a simpatia dispensada a todas as pessoas. “Minha mãe lidera cerca de 3 mil mulheres na igreja e está sempre pacificando, com sua forma simpática de agir. Sinto que todo mundo me adora da mesma forma que adoram minha mãe”, afirmou.
Os aprendizados enquanto professora e como católica carismática trouxeram ensinamentos que Raíssa Lacerda considera como fundamentais para o seio familiar. “O principal é ter tempo de qualidade com os filhos, ter uma boa conversa, dialogar e estar presente. Orientar a lutar pelo que se quer, com valores morais, direcionando para uma educação de qualidade e para o trabalho. Acostumo meus filhos a estudarem muito, a ralarem, a terem valores, algo que ninguém pode tomar, o amor a Deus, rezar o terço em família e a educação. Isso vem da minha avó, que ensinou a minha mãe, Denise, e percebo neles hoje, sendo voluntários e servindo, algo que me deixa feliz”, comentou Raíssa Lacerda.
Sobre organizar a vida e estar presente em casa, a vereadora disse prezar pela qualidade do tempo que tem em família. “Sou dona de casa e do tipo ‘mãezona’, daquelas que reúnem o marido, o filho e as duas filhas embaixo do edredom, mesmo depois de crescidos, pra comer pipoca e ver filme junto. Se estou em casa, estou com meus filhos, otimizando nosso tempo com qualidade, sem dispersão no celular, ouvindo eles e interagindo. Faço questão de termos nossos momentos, como o nosso café da manhã, com todos reunidos na mesa, todo dia”, revelou Raíssa Lacerda.
A vereadora Helena Holanda (PP) acolhe em casa uma irmã e uma filha de 'coração'. Ela confessou que desde pequena cuidou dos irmãos, primos, sobrinhos, além do seu primeiro trabalho ser diretamente ligado a crianças: auxiliar de professora de jardim de infância. A parlamentar também tem o Centro de Atividades Especiais, no qual afirma que possui muitos filhos. “Nunca tive a extrema necessidade de ter filhos. Se engravidasse, ia amar e tratar meu filho com todo respeito. Mas, veio esse monte de filhos, através dos quais me sinto a mulher mais amada do mundo. Eles me fazem viver, renascer por eles a cada dia, cada hora e a cada momento. As mães entendem do que eu estou falando. Eu brigo, viro leoa do mesmo jeito, independente de ter saído do meu ventre ou não”, declarou.
Para Helena Holanda, há várias maneiras de ser mãe sem precisar necessariamente gerar uma criança. “Não acredito nessa questão de dizer que se a pessoa não for mãe, não gerar uma criança, ela não se realiza. Realização não está em mitos. A gente cresce dizendo que vai ser mãe, sem saber se vai ter condições. Mas, se não conseguir engravidar, cria! Se não tiver condições de criar, há muitos lugares precisando de mães, como orfanatos, hospitais e escolas. Você pode ser mãe. Quando você tiver o contato com os filhos que precisam de mães, você vai ser a melhor mãe do mundo e altamente realizada. Deus nos coloca no mundo com o sentimento da maternidade. O amor de mãe está dentro de nós mulheres, independente de idade, de gerar uma criança ou não”, enfatizou.
“Falar da minha mãe é muito forte. Ela é uma mulher guerreira, sofreu muito durante 30 anos. Meu pai era alcoólico e ela sofreu muito, com seis filhos lidando com as sequelas do alcoolismo. Eu sofria junto com ela, muito. Ele morreu aos 45 anos, ela ficou viúva e eu disse: 'A partir de hoje, no que depender de mim, a senhora não vai sofrer mais nada. Tudo que fizer na minha vida é para a sua felicidade e dos meus irmãos'. E daí, comecei uma luta de trabalho, de manhã, tarde, noite e madrugada. Enquanto eu puder dar amor, respeitar as pessoas e respeitar a minha mãe, que está com 93 anos, sorrindo cantando e feliz, vou fazer. Fico escolhendo músicas pra ela, satisfazendo os desejos dela. É minha obrigação se eu quero que ela seja feliz”, afirmou.