Vereador aborda a necessidade de políticas públicas no combate à discriminação racial

por Clarisse Oliveira — publicado 20/03/2017 21h00, última modificação 03/07/2019 08h20
Para Marcos Henriques (PT), é preciso reparar a exclusão da população negra reconhecendo que existe uma desigualdade social

O vereador Marcos Henriques (PT) destacou que esta terça-feira (21) é o Dia Mundial de Combate à Discriminação Racial e que o tema precisa ser refletido, inclusive na Capital. O parlamentar foi o terceiro a se pronunciar na tribuna da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), durante sessão ordinária.

Marcos Henriques destacou que hoje é um dia de lutas em busca de uma sociedade mais justa e humanizada. Ele lembrou que, apesar do Brasil ser uma população composta por 53% de pretos e pardos, a população negra ainda sofre com direitos negados e historicamente esquecidos pelas políticas públicas.

Para o vereador, é necessário implantação de políticas públicas afirmativas para “reparar o problema da exclusão da população negra, reconhecendo que existe uma forte desigualdade social e que esta desigualdade tem violentado pessoas em sua dignidade”, afirmou.

O parlamentar reconheceu políticas públicas aplicadas pelo Governo Federal, como as cotas para ingresso nas universidades, e cobrou a execução de medidas direcionadas ao Município.

 Precisamos sair do feijão com arroz e avançar na construção de políticas municipais que afirmem o combate ao racismo em todas as suas dimensões

Como exemplo de políticas públicas que podem ser executadas no Município, o vereador citou: a promoção da inclusão produtiva da população negra; o apoio aos pacientes com anemia falciforme; o combate ao racismo institucional e a promoção da igualdade racial.

As vereadoras Helena Holanda (PP) e Sandra Marrocos (PSB) e os vereadores Helton Renê (PC do B), Bruno Farias (PPS) e Tibério Limeira (PSB) se acostaram ao pronunciamento de Marcos Henriques e destacaram a importância do tema.

“Parabéns pelo tema de hoje. Sou folclorista e defendo a arte afro cultural brasileira há muitos anos. Discutir diferenciação do ser humano por cor de pele é uma coisa muito primata. Estou disponível para lutar contra o preconceito não só racial, mas também contra a diversidade”, declarou Helena Holanda.