Vereador cobra respostas sobre problemas na área de saúde do Município

por Clarisse Oliveira — publicado 20/05/2019 21h00, última modificação 26/06/2019 11h09
Tibério Limeira (PSB) afirmou que pretende questionar o secretário Adalberto Fulgêncio, durante a audiência de prestação de contas da saúde que vai acontecer na próxima quinta-feira (23)

Durante pronunciamento na manhã desta terça-feira (21), o vereador Tibério Limeira (PSB) destacou problemas na área de saúde do Município. O parlamentar listou alguns questionamentos que pretende fazer ao secretário de saúde, Adalberto Fulgêncio, durante a audiência pública de prestação de contas dos serviços da pasta, agendada para a próxima quinta-feira (23), às 11h, na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP).

Tibério Limeira convidou a população pessoense a participar do debate, que é aberto ao público. Ele ressaltou que, regimentalmente, o secretário da pasta, Adalberto Fulgêncio, deve comparecer à apresentação da prestação de contas. O vereador afirmou que vai questioná-lo sobre o destino dos recursos de custeio para as Unidades de Saúde da Família (USF).

“Recebi informações das unidades do Alto do Mateus, Castelo Branco, Paratibe e Jardim Veneza que não são boas. Falta estrutura física, profissionais, condições de trabalho e insumos básicos. Isso não é novidade, essa situação se repete desde 2017. Queremos saber o que o secretário tem a dizer sobre isso”, afirmou o vereador.

O parlamentar destacou a situação do atendimento no Complexo Hospitalar de Mangabeira Tarcísio de Miranda Burity, o Trauminha de Mangabeira. “Pacientes que deveriam esperar no máximo uma semana, esperam um ou dois meses para fazer cirurgias ortopédicas. Essa demora entre o acidente e a realização da cirurgia pode causar sequelas que são irreparáveis. Não dá para admitir que, nos dias atuais, o Trauminha esteja passando por essa situação. É fundamental fazer esse debate na audiência com o secretário”, enfatizou.

O vereador também citou o Hospital Valentina Figueiredo. “Uma de suas enfermarias está fechada, sobrecarregando a pediatria da nossa cidade. Quem informou isso foi o Conselho Regional de Medicina, em visita que fizemos ao presidente, doutor Roberto Magliano, e ao diretor de fiscalização, João Alberto. Não dá para admitir que situações como essa fiquem sem resposta”, afirmou.

Tibério Limeira ainda criticou a precarização da rede de atenção psicossocial na cidade, e convocou a população a participar de audiência pública nesta quarta-feira (21), às 15h, para debater a saúde mental e a luta antimanicomial em João Pessoa.

A vereadora Raíssa Lacerda (PSD) afirmou que o presidente do CRM, Roberto Magliano, elogiou os hospitais Santa Izabel e Cândida Vargas. Já Marcos Henriques (PT) afirmou que esteve no Trauminha e presenciou “baratas, infiltrações e pessoas há dois meses esperando cirurgia”. Ele ainda criticou a atuação de Adalberto Fulgêncio como secretário da pasta. “Colocaram um político em uma pasta que requer tantos conhecimentos técnicos”, declarou.

Estação Ciência e a Gestão Municipal

Tibério Limeira também criticou a posição da atual Gestão Municipal que, segundo ele, sempre que recebe uma crítica, coloca em cheque gestões anteriores. “O discurso da bancada de situação é sempre olhar pelo retrovisor, para uma gestão que já se encerrou há seis anos. Nada foi feito com a situação da Estação Ciência. Se é pra passar oito anos falando da gestão anterior, é melhor dar lugar a outro que queira realmente trabalhar”, declarou.

O vereador Lucas de Brito (PV) afirmou que a Gestão Municipal tomou providências a respeito da situação da Estação Ciência. “A Prefeitura vem há alguns anos cobrando administrativamente da Via Engenharia, construtora responsável pelo equipamento, para que ela faça correções e reparos dos vícios da obra. A própria construtora, em dois documentos oficiais distintos, reconheceu os vícios. Esgotando administrativamente todas as possibilidades de receber pela construtora o que ela se comprometeu a fazer e não fez – os reparos nos vícios, sobretudo no terraço da Estação Ciência – a Prefeitura ajuizou uma ação e obteve uma decisão liminar para que possa fazer a obra às suas custas, sem configurar improbidade administrativa e sem desfazer a responsabilidade da construtora, para que ao final possa cobrar as perdas e danos da Via Engenharia”, explicou.

“São temas que nós precisamos de fato discutir. Ninguém sabia dessa decisão judicial, de dezembro de 2018, que só agora a própria bancada de situação está tendo conhecimento. Falta essa comunicação entre o Poder Executivo e a Câmara Municipal, porque a gente manda requerimentos, pede informações e essas respostas nunca chegam. O vereador Lucas de Brito contribuiu com o debate, mas essa informação chega com cinco meses de atraso. Até a própria provocação à Justiça também foi atrasada, porque se isso foi identificado em 2013, era para a Justiça ter sido acionada ainda em 2013”, constatou Tibério Limeira.

O vereador Leo Bezerra (PSB) destacou a importância da realização da caravana da oposição. “A bancada de oposição está sendo ouvida. Há dois anos perguntávamos nas caravanas por quê a Prefeitura não ajuizava a ação. Agradeço ao vereador Lucas de Brito por trazer uma resposta à oposição”, declarou.