Vereador desaprova intolerância religiosa ao lembrar caso com parlamentar de Pitimbu

por Haryson Alves — publicado 18/10/2017 22h00, última modificação 17/07/2019 10h02
Para Carlão (PSDC), comungar com qualquer doutrina ou orientação religiosa não dá o direito do vereador (Zico, da Câmara de Pitimbu) ou qualquer outro cidadão desrespeitar as diversidades

A intolerância religiosa permeou o discurso em tribuna do vereador de João Pessoa Carlão (PSDC), na sessão ordinária desta manhã de quinta-feira (19), no Legislativo pessoense. Na oportunidade, Carlão lamentou o posicionamento do companheiro de partido e parlamentar mirim da cidade de Pitimbu, Zico (PSDC), por ter considerado uma ‘maldição’, ao município da Região Metropolitana de João Pessoa (RMJP), ganhar em sua entrada uma imagem de Nossa Senhora de Aparecida.

Durante sua fala, Carlão defendeu que o fato de ser evangélico, praticante de qualquer outra doutrina ou inclinação religiosa, não dá o direito do parlamentar (Zico) ou qualquer outro cidadão desrespeitar as diversidades em virtude das crenças religiosas.

Após admitir que ficou preocupado e recorreu a uma conversa com o prefeito de Pitimbu, Durval Lira (PPS), Carlão anunciou que o município receberá a imagem da santa católica sim.

“Soube que a população de Pitimbu se revoltou. Ele [Zico] teve a infelicidade de, precipitadamente, agir de forma desordeira, nada pacífica tampouco urbana, ao alegar que a imagem seria reflexo de um pensamento que reflete uma imagem pessoal a respeito dos santos do Catolicismo”, comentou Carlão para o Portal Câmara JP.

Áudio de vereador de Pitimbu foi ‘vazado’ nas redes sociais da internet

Segundo Carlão, a fala do vereador de Pitimbu adveio de um áudio vazado nessa quarta-feira (18), no app de voz e mensagens instantâneas Whatsapp. “Atenção a todos que fazem a Câmara Municipal de Pitimbu. Passando aqui para falar da alegria que temos da notícia recente de que o prefeito comunicou que repensou a ideia e não vai mais colocar a imagem na ponte. Ele disse que repensou o aspecto religioso de tanto amaldiçoar a cidade, como no sentido da lei”.