Vereador diz que Brasil vive ciclos políticos sem mudanças efetivas

por Érika Bruna Agripino — publicado 31/10/2016 22h00, última modificação 17/07/2019 17h44
“Essa onda direitista que está tomando conta do País faz parte de um movimento de alternância mundial entre esquerda e direita que não muda efetivamente nada”, reclamou Renato Martins (PSB)

O vereador Renato Martins (PSB) afirmou, em pronunciamento na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), nesta terça-feira (1º), que o Brasil está passando por uma nova fase de ciclo político que, no entanto, não deverá alterar as práticas econômicas e sociais que vêm sendo historicamente adotadas. “Essa onda direitista que está tomando conta do País faz parte de um movimento de alternância mundial entre esquerda e direita que não muda efetivamente nada”, reclamou.

Segundo avaliação do parlamentar pessoense, quando o Partido dos Trabalhadores (PT) assumiu o governo, o projeto político defendido por eles foi golpeado pela ganância de seus dirigentes.

[citacao] A busca por uma sociedade humanista e mais igualitária foi deixada de lado para o enriquecimento dos próprios bolsos de seus líderes, que usaram as mesmas práticas da direita tradicional [/citacao]

Para Renato Martins, a população está refém desses ciclos porque não os compreende minimamente. “É preciso fugir das amarras capitalistas e da coisificação das relações humanas. Esse fenômeno perigoso, onde acontecer, vai deixar rastros e abrir as portas do retrocesso, que, infelizmente, é o que assistimos hoje. Se quisermos uma sociedade realmente desenvolvida, temos que debater isso urgentemente”, reiterou.

O vereador defendeu que o entendimento sobre o sistema financeiro mundial está entre os principais temas a serem colocados em destaque. “A maioria dos cidadãos não sabe para onde está indo o dinheiro, não sabe o que o País paga de juros a bancos privados e por que isso acontece, gerando um grande endividamento. Se compreendermos os ciclos da economia, vamos saber nos posicionar e garantir ao ser humano viver todas as suas potencialidades”, relacionou Renato Martins.