Vereador diz que tomará ‘medidas drásticas’ para garantir serviços básicos de saúde em JP
O vereador Tibério Limeira (PSB) declarou, na sessão desta quinta-feira (8), que vai tomar medidas drásticas para que a Prefeitura de João Pessoa, através da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), tome providências urgentes e garanta o atendimento mínimo de saúde à população pessoense. Ele admitiu acionar os Ministérios Públicos Federal e Estadual, o Tribunal de Contas do Estado e até a Justiça para que os serviços básicos de saúde sejam oferecidos.
Para justificar sua intenção de acionar os órgãos competentes, Tibério alegou que não adiantava mais fazer visitas com a Caravana de Oposição nas unidades de saúde do município e apresentar requerimentos, solicitando explicações e soluções para resolver os problemas existentes no setor. “É hora de a gente tomar medidas mais drásticas. A Justiça vai ter que garantir que, minimamente, alguns serviços sejam prestados”, reforçou.
Segundo o socialista, não dá mais para aceitar, por exemplo, que uma pessoa fique esperando dois anos para fazer um exame simples, ou fique aguardando seis meses para fazer uma consulta num especialista. “Se os nossos pronunciamentos, se os nossos requerimentos e caravanas não estão sendo suficientes, cabe a nós acionar os órgãos competentes. Não dá mais para aceitar esse descalabro, esse caos, essa decadência, que a população está vivendo”, ressaltou.
Na tribuna, o parlamentar lembrou das visitas realizadas, em 2017, pela Caravana de Oposição aos Hospitais Santa Isabel e Ortotrauma de Mangabeira (mais conhecido como “Trauminha”). Nessas unidades, de acordo com Tibério, foram encontradas várias irregularidades, como máquinas paradas, falta de remédios essenciais e médicos para atender à população. “No Santa Isabel, encontramos máquinas de hemodiálise e hemodinâmica paradas. Faltando remédios trombolíticos para atender quem chega sofrendo de infarto e também para gestantes”, lamentou.
Ele lembrou, também, que a Caravana identificou, em visita realizada no ano passado as Unidades de Saúde da Família das comunidades Bela Vista (Cristo Redentor), Explanada, Cidade Recreio, Colibris, além dos Bancários, salas de curativo com mofo, falta de medicamentos, de profissionais para atender em horário de expediente e até de insumos básicos, como aparelho para verificar pressão arterial, luvas descartáveis e material para coleta do citológico. “De 2017 para cá, essa realidade só piorou”, afirmou o socialista.
Tibério Limeira criticou o remanejamento de recursos da saúde, aprovado esta semana na Câmara Municipal de João Pessoa, de R$ 128 milhões, e pediu a saída do secretário municipal de saúde, Adalberto Fulgêncio, da pasta. Ele revelou que pretende trazer à tribuna um relatório detalhado sobre a situação da rede de atenção psicosocial, que envolve os capes, as residências terapêuticas, os centros de práticas integrativas complementares, vinculadas a SMS.
Aparte do líder da oposição
O líder da bancada de oposição, vereador Leo Bezerra (PSB), disse, em aparte ao pronunciamento de Tibério, que vai acatar essa sugestão de acionar a Justiça para que a gestão municipal preste um serviço de saúde melhor à população.