Vereador lamenta precarização de vínculo trabalhista, proteção social e desemprego no país
O vereador Marcos Henriques (PT) usou seu pronunciamento na sessão desta quinta-feira (7), da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), para lamentar números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que refletem, segundo o parlamentar, precarização do vínculo de trabalho e proteção social e aumento do desemprego após a aprovação de reforma trabalhista em 2017.
“Dos 89 milhões de ocupados, 36,3 milhões são de trabalhadores informais. A informalidade tomou contornos enormes, porque a qualidade de vida diminuiu, assim como a proteção social. A reforma trabalhista de 2017 apontou para a terceirização, pejotização e para o desemprego desenfreado: 32 milhões de pessoas trabalham menos do que gostariam ou estão desocupados”, lamentou.
O parlamentar afirmou que mais de 14 milhões de pessoas estão desempregadas e que desde 2016 as despesas do país estão ultrapassando as receitas, resultando no aumento da dívida pública. Ele ressaltou ainda que houve retração empresarial e cerca de 317 mil empresas fecharam nos últimos quatro anos.
“Em 2000, tínhamos um controle do superávit. Com o achatamento do superávit, os investimentos se concentraram muito no agronegócio. Nunca se produziu tanto, porém a fome campeia nosso país e nossa infraestrutura está totalmente vulnerável, não tem investimento no programa Minha Casa Minha Vida. Foi o menor investimento em cadeia produtiva”, avaliou.
O vereador ressaltou que o número de desocupados desde a aprovação da reforma trabalhista aumentou de 11,8 para 13,7%. “É um retrocesso, porque está criando uma forma de proteção social que não existe, quando dá oportunidade de contratação sem carteira assinada, sem férias, sem 13º salário ou FGTS. É lamentável para nosso país”, enfatizou Marcos Henriques, afirmando que os dados divulgados mostram que o governo está fadado a aprofundar a crise e não resolver os problemas estruturais do país.
“Precisamos de uma reforma tributária que possa tributar menos o consumo e mais o patrimônio, as grandes fortunas e as remessas ao exterior. Além disso, o investimento nas pequenas e médias empresas se faz necessário, pois sete em cada dez postos de trabalho estão nas pequenas e médias empresas”, concluiu o parlamentar.