Vereador lamenta situação enfrentada na Educação e Saúde Municipais de JP
O vereador Zezinho Botafogo (PSB) declarou que o Município de João Pessoa vivencia os piores momentos na Educação e Saúde. Ele lamentou a postura do Executivo que, em três anos e três meses, não consegue dar respostas às diversas dificuldades enfrentadas nessas áreas, consideradas consideradas as mais importantes numa gestão pública.
“Nunca em minha vida pública presenciei um momento tão crítico de uma gestão que se mostra ineficiente para a resolução dos problemas apresentados. A Saúde de João Pessoa pede socorro e a Educação não tem o devido respeito demonstrado através da falta de diálogo e compromisso com os professores. Nas escolas faltam materiais de limpeza e higiene”, disse Zezinho.
Na Saúde, o parlamentar comentou os últimos acontecimentos noticiados pela imprensa. Um tumulto foi formado no Ortotrauma de Mangabeira, o Trauminha, por conta das péssimas condições apresentadas aos pacientes do complexo hospitalar. Além da demora na realização dos procedimentos médicos, há muitas reclamações dos profissionais sobre a falta de equipamentos para trabalhar, impedindo a realização de cirurgias no local.
“A situação é mais grave do que imaginamos, faltam medicamentos e equipamentos, há aparelhos quebrados, baratas nas enfermarias, sujeira, além de uma longa espera para quem precisa de cirurgia”, relatou o vereador, concordando com o Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB), que sugeriu, na manhã desta terça-feira (5), que o Trauminha fosse interditado.
Com relação à Educação, Zezinho afirmou que a greve anunciada pela categoria reflete a falta de políticas públicas que contemplem o setor. Segundo ele, não adianta pintar e climatizar escolas sem que haja um planejamento para que elas funcionem a contento. As afirmações do vereador são fundamentadas através das declarações do presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Municipal de João Pessoa (Sintem-JP), Daniel de Assis.
Em nota, Daniel de Assis afirmou que há um comprometimento do ensino fundamental pela falta ou insuficiência de insumos básicos para o funcionamento das unidades de ensino. Segundo ele, falta sabão, detergente e papel higiênico, o que tem levado os pais de alunos e profissionais da Educação a arcar com esses recursos a fim de que as aulas não sejam interrompidas.
Nesta quarta-feira (6) a Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) discutiu reivindicações dos servidores da Educação, propositura do vereador Benilton Lucena (PSD). A categoria reivindica reajuste salarial de 11,6%, correção nas gratificações e no Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR), regulamentação do aumento da licença e bolsa para doutorado, formulação de um calendário de reformas para as escolas e capacitação para todos os profissionais.