Vereador pede celeridade na apreciação de pedidos de CPIs na CMJP

por Haryson Alves — publicado 11/05/2016 21h00, última modificação 05/07/2019 16h13
Dinho (PMN) solicitou a instalação de Comissões para investigar o despejo de esgoto no Rio Jaguaribe; a suposta compra superfaturada de carteiras escolares pela PMJP e a denúncia de desvio de R$ 19 milhões para a produção de um software para a Gestão Municipal de JP

“Decisão judicial se cumpre. Porém, isso não mudará meu pensamento, pois instalar Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) em ano de eleições é uma ação eleitoreira”, avaliou o vereador Dinho (PMN), sobre a decisão do juiz da 1° Vara da Fazenda Pública da Capital, Marcos Sales. O magistrado determinou a instauração, na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), de uma CPI para investigar denúncias de irregularidades e desvio de verbas públicas praticados pela atual Gestão Municipal nas obras de revitalização do Parque Solon de Lucena, a Lagoa.

Em seu discurso, na sessão ordinária desta quinta-feira (12), Dinho solicitou que haja celeridade na apreciação dos pedidos para instalar outras três CPIs na Casa Napoleão Laureano. “Querem fazer palanque político? Então, vamos fazer e instalar todas as CPIs propostas na Casa. Acho que essa discussão só serve para provocar a politicagem. Vamos instalar a 'CPI do Gari Bebê' e averiguar quem assinou a licitação que rendeu um contrato milionário a uma empresa que tinha um recém-nascido como sócio”, desafiou Dinho.

O vereador fez referência a um suposto esquema na Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur), que envolve o gari Magildo Nogueira Gadelha. Ele venceu uma licitação de R$ 632.610,00, na forma de pregão presencial, com empresa de sua propriedade, no próprio órgão em que trabalhava. Assim, a firma forneceria quatro caminhões compactadores à Emlur, que, à época, tinha como superintendente o irmão do governador da Paraíba, Corilano Coutinho.

Dinho está propondo a instauração de mais três outras CPIs na CMJP. Ele pede a investigação da suposta compra superfaturada de carteiras estudantis (CPI das carteiras escolares ou da Desk); do derramamento de esgotos em 50 pontos do Rio Jaguaribe (CPI da Cagepa); e de um convênio da PMJP com a Fundação de Educação Cultural e Tecnológica da Paraíba (Funetec-PB) e Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) e Ceará (IFCE) – CPI do SIM. Neste caso, aponta-se um desvio de R$ 19 milhões para a criação do software Sistema de Informações Municipais (SIM).