Vereador pede informações sobre incidência de sífilis congênita na Capital e no Estado

por Assessoria do vereador (Adaucélia Palitot) / Edição: Secom CMJP — publicado 22/02/2016 21h00, última modificação 09/07/2019 17h11
Dados de uma nota técnica do departamento DST/Aids do Ministério da Saúde (MS) apontou a projeção, para este ano, de 41.752 casos de sífilis em gestantes e 22.518 em bebês, em todo país

O vereador Bira (PSD) protocolou nesta terça-feira (23), na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), requerimentos a serem encaminhados às Secretarias de Saúde do Estado e da Capital, solicitando informação sobre os dados da incidência de sífilis congênita identificados nas Redes Estadual e Municipal de Saúde. Como profissional de Saúde, Bira destacou nos seus pedidos aos órgãos de Saúde, que o aumento dessa patologia é algo preocupante e deve ser acompanhado.

Ele destacou inclusive que, o Ministério da Saúde (MS) divulgou nota técnica que alerta para o aumento significativo de casos de sífilis em mulheres gestantes em todo país, doença que, passada para o bebê no nascimento, pode, igualmente como o vírus da zika, provocar má formação em bebês. “Os dados têm se mantido longe dos holofotes da mídia, mas merece atenção por parte dos poderes públicos, uma vez que a ausência de cuidados e políticas específicas podem acarretar sérios danos para a saúde da mãe e do recém-nascido”, alertou o parlamentar que também é psicólogo.

Ainda segundo Bira, dados de uma nota técnica do departamento DST/Aids do MS apontou que já se projetam 41.752 casos de gestantes com sífilis neste ano e 22.518 em bebês, caso a tendência persista. A nota também indicou que a taxa de incidência de sífilis em bebês com menos de um ano foi de 2 casos a cada mil nascidos vivos em 2008. Em 2014, dados preliminares do MS apontaram que a taxa passou para 5,6 e foram 16.266 casos naquele ano

“É válido enfatizar que nesse mesmo período, a taxa de sífilis em gestantes passou de 2,7 para 9,7 casos. Em números absolutos, houve um acréscimo de 7.920 casos, em 2008, para 28.226 em 2014. O quadro é agravado pela falta do medicamento capaz de impedir a transmissão da doença em bebês. E a sífilis na gravidez pode causar aborto do feto e más-formações ósseas, um cenário que pode ser evitado se houver tratamento correto. Se os bebês não forem tratados, antes de um mês de vida, podem sofrer danos como cegueira, surdez e retardo mental”, finalizou o vereador.